domingo, 15 de abril de 2018

Soldado de montanha - França



Segunda Guerra Mundial
Atuação: Noruega - 1940


Em meados do mês de abril de 1940, cerca de 10.000 soldados britânicos e franceses que estavam concentrados há algum tempo em portos na Inglaterra para uma possível ajuda à Finlândia, foram finalmente embarcados. Sua missão agora era tentar retomar a cidade de Trondheim e criar um ponto de apoio para os Aliados dentro da Noruega, que estava sob ataque constante das forças alemãs. Um grupo maior foi desembarcado em Namsos, ao norte, e em Andalsnes ao sul do objetivo. Um pequeno contingente foi infiltrado em Narvik, no extremo norte da Noruega. O homem ao lado, denominado caçador alpino (chasseur alpin, em francês) ou soldado de montanha, pertencia à 5ª Brigada do Exército francês que era um dos componentes da Força Expedicionária Aliada recém chegada ao território norueguês.
Ele veste a boina azul , tradicional do chasseur, o uniforme de algodão à prova d'água e para uma proteção adicional contra o frio e as severas condições climáticas da Escandinávia, ele carrega um casaco todo forrado com pele de carneiro que pode ser observado enrolado e preso à parte superior de sua mochila. Suas armas são uma pistola no coldre e um fuzil M-36, de 7,5 mm. Como itens padrões das tropas de montanha francesas vêem-se as polainas sobre as botas e, claro os skis, embora estes tenham provado ser de pouca utilidade durante a campanha da Noruega. A França não era diferente do exército de outros países no que diz respeito aos equipamentos fornecidos a este tipo de unidade especializada. Portanto não surpreende que seus homens também fossem sobrecarregados com o kit do montanhista.
No início de 1940, Hitler havia voltado suas atenções para a Escandinávia, onde tinha um especial interesse sobre as jazidas de ferro da Suécia para a produção de aço, fundamental para a munutenção da máquina de guerra nazista. O minério seria exportado para a Alemanha através do porto norueguês de Narvik, na Noruega. Em 9 de abril os alemães lançaram a sua ofensiva sobre a Noruega e a Dinamarca, baseada em uma estratégia que consistiu no desembarque anfíbio em seis pontos da Noruega, apoiados por diversos lançamentos de paraquedistas. As escoltas navais para o desembarque em Narvik sofreram pesadas baixas, com o afundamento do cruzador Blücher e danos consideráveis ao encouraçado Lützow. Ainda assim as tropas alemães conseguiram capturar importantes campos de pouso, os quais permitiram o reforço e o reabastecimento das unidades de assalto, e a utilização de aeronaves de combate contra os navios ingleses ao longo da costa.
As forças de defesa norueguesas eram fracas e os alemães capturaram numerosos depósitos de armas, deixando os reservistas que haviam sido mobilizados ainda mais sem ação. O planejamento Aliado para a região se provou totalmente inadequado diante do profissionalismo e da superioridade numérica das tropas alemães. Uma após a outra, as principais cidades do país foram sendo conquistadas pelos nazistas, culminando com a tomada da capital Oslo. Em maio, tropas inglesas, francesas e polonesas tentaram retomar duas importantes cidades, mas seu breve sucesso em Narvik foi ofuscado pela infrutífera tentativa na cidade de Trondheim ao sul. Nesta área as tropas seriam evacuadas em duas semanas, e em seguida Narvik também seria abandonada para os alemães, quando a invasão da França precipitou a retirada dos Aliados, principalmente dos chasseur alpin franceses, que agora deveriam se concentrar na defesa de sua pátria contra o domínio nazista.

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