domingo, 15 de abril de 2018

Soldado de infantaria da Rodésia


Atuação: Rodésia (atual Zimbabwe) - 1976

A Infantaria Africana da Rodésia (RAR) foi uma das mais importantes forças engajadas pelo Exército na busca e destruição de unidades da União Popular Africana do Zimbabwe (ZAPU) e União Nacional Africana do Zimbabwe (ZANU) movimentos que lutavam por um Estado independente da Grã-Bretanha.
A resistência física foi uma característica dos soldados da RAR, conhecidos por sua habilidade em cobrir rapidamente grandes distâncias a pé, bem como por sua experiência na luta antiguerrilha, adquirida durante a campanha da Malásia, no fim dos anos 50, a serviço dos ingleses. Criada em 1940, inicialmente para cuidar da segurança interna, recebeu treinamento e armas modernas, sendo enviada para a Birmânia, no fim da Segunda Guerra Mundial, onde participou de combates na região montanhosa de Arakan, demonstrando eficiência e coragem.
No pós-guerra, um breve período de inatividade foi interrompido com o envio do regimento para a zona do canal de Suez, mais uma vez ganhando o respeito do inimigo. Em 1956 a RAR dirigiu-se para a Malásia, numa época em que as forças britânicas ativas naquela área conseguiram resultados positivos para deter a ação de guerrilheiros comunistas. Com a declaração unilateral de independência da Rodésia branca dirigida por Ian Smith, em 1965, os grupos guerrilheiros da ZAPU e da ZANU aumentaram a pressão sobre as forças de segurança interna. A RAR foi deslocada para a fronteira norte do país, ao longo do rio Zambeze, região na qual executou incansável luta antiguerrilha até o fim do conflito, com cerca de 2.000 homens (três batalhões) na ativa quase todo o tempo. Após a criação da República do Zimbabwe, em 1980, o regimento continuou em serviço, mas desta vez sob o comando de um de seus antigos inimigos, Robert Mugabe, o homem que liderara as forças da ZANU, agora eleito presidente da nova nação.
As características especiais dos combates nas matas do país africano refletem-se no tecido de algodão utilizado no uniforme e no boné deste soldado de infantaria. O boné tem abas móveis laterais e o distintivo da Infantaria Africana sobre fundo verde e preto. Dois cantis estão presos ao cinturão, que segue desenho britânico de 1958. Os coturnos foram provavelmente fabricados na África do Sul, de acordo com o modelo americano da Segunda Guerra Mundial, com perneira de duas fivelas. Até a metralhadora leve FN, de fabricação belga, calibre 7.62 mm e equipada com bipé, foi camuflada para uso na África.

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