domingo, 15 de abril de 2018

Soldado das Brigadas de Infantaria de Selva


Atuação: Selva amazônica - Brasil

Com uma área de quase 5 milhões de km², equivalente a sete vezes o tamanho da França, a selva amazônica é um ambiente hostil ao homem, por seus animais peçonhentos, rios caudalosos, igarapés, densa vegetação e grande umidade. A sua importância estratégica para o Brasil reside nos seus infindáveis recursos minerais e vegetais e no fato de ter 11.000 km de fronteiras com países vizinhos.
No cumprimento de sua missão constitucional de garantir a integridade do território, o Exército Brasileiro teve de adaptar-se ao desafio, buscando uma doutrina de operações apropriadas ao meio. O primeiro passo nesse sentido foi a criação do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), sediado em Manaus, por onde passam, em cursos ou estágios, os oficiais e graduados que vão servir na região, sob o Comando Militar da Amazônia.
No CIGS são ministrados conhecimentos peculiares ao combatente de selva, tais como: sobrevivência, transposição de obstáculos verticais e horizontais, armadilhas, tiro diurno e noturno, técnicas para transpor cursos de água com pontes improvisadas com cordas, manejo de explosivos, entre outros. A organização das Brigadas de Selva é semelhante à de uma brigada convencional de infantaria, porém adaptada ao meio ambiente onde deve cumprir a missão. O treinamento também é adequado às dificuldades da região, que apresenta perigos de todos os tipos, iminência constante de combate ou ações de emboscada, além da precariedade de suprimentos e comunicações.
O combatente de selva do Exército Brasileiro, normalmente recrutado entre os povos que habitam a Amazônia, destaca-se por sua aclimatação ao ambiente, o que exige abnegação, frugalidade e coragem, colocando-se entre os melhores do mundo, referência internacional quando se fala em guerra na selva, recebendo anualmente no CIGS oficiais de diversos países amigos, incluindo, Estados Unidos, Colômbia, Peru, Grã-Bretanha e França, que aqui vêm aprimorar seus conhecimentos.

A ilustração mostra como os uniformes em uso no CIGS são adequados para a camuflagem na região e passam por estudos constantes que visam aperfeiçoá-los. Além da japona especial que proporcione proteção sem tolher a mobilidade, os coturnos devem ter orifícios de ventilação e saída da água para facilitar a secagem após intenso suor e inúmeras travessias de igarapés. Portam ainda um tipo de ferramenta de múltiplo emprego: machado, lâmina de facão e instrumento para cavar, servindo ainda como arma individual. Carregam sempre dois cantis devido ao excessivo consumo de água. O fuzil é o Pára-FAL, de 5.56 mm.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.