domingo, 15 de abril de 2018

Paraquedista do Exército francês


Atuação: Argélia - 1961
Indochina - 1953

As tropas francesas de paraquedistas ganharam prestígio durante os longos combates da guerra de independência da Argélia (1954-62). Integrantes da famosa Legião Estrangeira, os paraquedistas foram os primeiros a ser chamados para combater a rebelião nacionalista argelina: três de seus batalhões desembarcaram em Orã em 2 de novembro de 1954, dando início oficial às hostilidades. Já em 1946, quando recém formado, o regimento também combateu a rebelião do Vietminh, na então Indochina Francesa, ao lado de tropas de infantaria e cavalaria mecanizada.

Soldados do 1° Batalhão Estrangeiro de paraquedistas (BEP) foram lançados em Dien Bien Phu, em novembro de 1953, para reforçar as combalidas defesas francesas, que acabaram perdendo aquela estratégica cidade para os guerrilheiros comunistas vietnamitas, em maio de 1954. Pouco depois, começava o conflito na Argélia. Ali, no início de 1961, generais se amotinaram contra a decisão do presidente da França, Charles De Gaulle, de negociar a autonomia com os nacionalistas argelinos e tomaram o poder em Argel.


Legionários fiéis ao governo ocuparam Argel e Orã, enquanto o 1° Regimento de paraquedistas se sublevava e aderia aos golpistas, que pretendiam manter a Argélia em mãos francesas pela força das armas. Em maio de 1961, De Gaulle dominava a situação e, embora o episódio deixasse profundas marcas na vida política em Paris, os bons serviços prestados pelos paraquedistas em suas missões nunca deixaram de ser plenamente reconhecidos.


Com participação destacada na Guerra da Argélia, este legionário paraquedista enverga o uniforme adotado nas últimas fases do conflito. As calças e a túnica são feitas com tecido camuflado, dentro do padrão francês, enquanto as botas têm perneiras de couro para missões de infantaria, em contraste com as botas para salto. O característico quepe pontudo se tornou o tipo de complemento mais usado por essas tropas em ação nos desertos e montanhas da Argélia. 
O cinturão de lona é o padronizado do Exército. O armamento consiste na metralhadora francesa M1952, de 7,5 mm, com um cinto de munição para cinqüenta projéteis. De uso geral, a M1952 também serve como metralhadora leve (com suporte de dois pés) ou como metralhadora pesada, quando acoplada ao tripé M2 de fabricação americana.

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