domingo, 15 de abril de 2018

CARABINAS (CLAVINAS) BELGAS “MINIÉ”

Essa arma pode ser considerada como sendo a padrão em uso na Infantaria do Império, durante a Guerra do Paraguai, pois foi a que teve presença mais maciça em combate. Era calibrada para projéteis de 14,8mm do tipo Minié, e eram equipadas com baionetas retas, com punho de latão. Inicialmente chegaram ao Brasil com alças de mira graduadas em braças, uma antiga medida portuguesa, mas logo foram alteradas para o sistema métrico, que passou a vigorar no Brasil em 1864.
Uma carabina Minié de fabricação belga (foto de colecionador particular)
Cerca de 28.000 dessas armas foram enviadas ao Paraguai, sendo distribuídas entre os batalhões de caçadores e para todas as unidades dos denominados Voluntários da Pátria. Conta-nos Adler Fonseca que, na linha de frente, soldados sofreram do mesmo problema de todo o sistema Minié, por causa da existência de uma arma da mesma classe, mas de calibre diferente: o mosquete Enfield 1858. A solução encontrada para isso foi a padronização da munição de calibre menor, o que tornou as carabinas do modelo belga muito menos eficientes do que seria de se esperar.
Detalhe do fecho de um mosquete belga do tipo Minié, bastante similar ao modelo utilizado pelo Brasil. Consta que o mesmo fabricante belga chegou a fornecer um grande lote dessas armas também aos Estados Confederados durante a Guerra Civil americana, onde passaram a ser conhecidos como “Brazilian Minié Muskets”

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