domingo, 15 de abril de 2018

Boinas Verdes - Exército americano



Atuação: Vietnã - 1968

As Forças Especiais americanas, cujos membros são conhecidos como os "boinas verdes", foram oficialmente criadas no dia 20 de junho de 1952 em Fort Bragg, com a formação do 10º Grupo de Forças Especiais. Um ano depois constituiu-se uma segunda unidade, o 77º Grupo. Em 1961, os dois grupamentos totalizam 800 homens e faziam parte regular do Exército americano. Apesar de contestadas por muitos, o presidente Kennedy as encarava como a arma ideal no combate aos movimentos guerrilheiros que surgiam em diversos países do Terceiro Mundo e insistiu em sua expansão, aumentando seu efetivo para 5.000 soldados.
Nessa época elas foram maciçamente empregadas contra os vietcongues, no Vietnã, onde já estavam atuando desde 1957, fornecendo treinamento para as tropas sul-vietnamitas. A unidade básica das Forças Especiais era a Equipe A, que consistia em dois oficiais e dez soldados, todos voluntários que recebiam adestramento em cinco especialidades: armas, comunicações, primeiros-socorros, informação e engenharia, além de estar preparados para longas permanências na selva. Sua atuação pode ser dividida em três níveis. O primeiro correspondeu à criação dos Grupos Civis Irregulares de Defesa nas montanhas da região central vietnamita, onde combateram o avanço inimigo nessa área de importância estratégica vital, operações que aumentaram de escala até o final da ofensiva do Tet (1968), quando transferiram essa responsabilidade para as Forças Especiais do Vietnã do Sul.
O segundo plano de atuação correspondeu aos chamados Projetos Alfabeto, em que unidades de reconhecimento eram utilizadas para se infiltrar em áreas controladas pelas forças inimigas. O último nível ainda tem uma aura de mistério: tratava-se das atividades do Grupo de Estudos e Observações, criado em 1964, contando com cerca de 2.000 homens, que efetuava operações clandestinas através da fronteira, incluindo o resgate de pilotos abatidos em território norte-vietnamita.
Outro capítulo obscuro das Forças Especiais foi o seu envolvimento na contra-insurreição em países da América Latina, onde além de treinar oficiais e soldados latino-americanos na Escola das Américas, no Panamá, participaram diretamente de uma série de operações altamente secretas, principalmente na Guatemala, na Colômbia e na Bolívia. Posteriormente as Forças Especiais atuaram no Oriente Médio em países como o Irã, Afeganistão e Iraque, sempre exercendo suas atividades sob grande sigilo.
Embora a proteção de cabeça seja do tipo comumente usado no Vietnã, o uniforme básico deste soldado é feito de tecido camuflado padrão folhagem. O distintivo do grupo de transportes aéreos das Forças Especiais, uma adaga com três raios sobre fundo azul, pode ser visto na manga esquerda do uniforme. Devido ao clima tropical do Vietnã, as botas eram confeccionadas em náilon e couro. O equipamento portátil corresponde ao modelo M1956, com mochila, cinturão com bolsas de munição, granada, cantil, kit de primeiros-socorros, baioneta e coldre para a pistola calibre .45. A arma principal é o fuzil de assalto M16 A1, de 5.56mm.

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