O Harpoon é um míssil anti-navio de médio alcance, com capacidade qualquer tempo, sea-skimming, tipo "dispare-e-esqueça", com guiamento final por radar ativo, levado por aeronaves, navios e submarinos.
O Harpoon iniciou como uma concepção de 1965 pela NAVAIR para um míssil de longo alcance (45km - 25nm) usado contra alvos submarinos na superfície. Dai surgiu o nome (arpão para matar baleia, apelido dos submarinos na marinha americana). O míssil seria levado pelo P-3 Orion da US Navy para substituir o míssil Bullpup contra os submarinos lançadores de mísseis classe Juliett e Echo. Esses submarinos precisam subir a superfície para disparar seus mísseis balísticos.
Após o ataque ao contratorpedeiro Eilat em 1967 por um míssil Styx, a missão foi expandida para atacar navios como fragatas, contratorpedeiros e lanchas rápidas de ataque armadas com mísseis, com o projeto iniciando formalmente em 1968.
O requerimento foi expandido para incluir uma versão disparada de navio e novamente aumentou para a versão disparada de submarino. O estudo foi congelado em 1971 com o pedido de propostas (RFP) foi lançada em 1971.
Cinco empresas americanas responderam ao pedido de proposta da NAVAIR em janeiro de 1971, após três anos de pesquisa e estudos.
O Harpoon iniciou como uma concepção de 1965 pela NAVAIR para um míssil de longo alcance (45km - 25nm) usado contra alvos submarinos na superfície. Dai surgiu o nome (arpão para matar baleia, apelido dos submarinos na marinha americana). O míssil seria levado pelo P-3 Orion da US Navy para substituir o míssil Bullpup contra os submarinos lançadores de mísseis classe Juliett e Echo. Esses submarinos precisam subir a superfície para disparar seus mísseis balísticos.
Após o ataque ao contratorpedeiro Eilat em 1967 por um míssil Styx, a missão foi expandida para atacar navios como fragatas, contratorpedeiros e lanchas rápidas de ataque armadas com mísseis, com o projeto iniciando formalmente em 1968.
O requerimento foi expandido para incluir uma versão disparada de navio e novamente aumentou para a versão disparada de submarino. O estudo foi congelado em 1971 com o pedido de propostas (RFP) foi lançada em 1971.
Cinco empresas americanas responderam ao pedido de proposta da NAVAIR em janeiro de 1971, após três anos de pesquisa e estudos.
Os estudos incluíram testes de voo com o seeker, estudos de propulsão, testes aerodinâmicos e análises de possíveis configurações. Em maio de 1971, a General Dynamics e a McDonnell Douglas foram convidadas a submeter proposta adicionais.
No fim a US Navy selecionou a McDonnell Douglas como contratante principal em junho de 1971. A empresa já estudava um míssil anti-navio desde 1965 para participar de um requerimento similar. O requerimento de alcance foi melhorado para 50 milhas a após a McDonnel Douglas escolher equipar o míssil com um turbojato no lugar do motor foguete dos estudos iniciais.
No fim a US Navy selecionou a McDonnell Douglas como contratante principal em junho de 1971. A empresa já estudava um míssil anti-navio desde 1965 para participar de um requerimento similar. O requerimento de alcance foi melhorado para 50 milhas a após a McDonnel Douglas escolher equipar o míssil com um turbojato no lugar do motor foguete dos estudos iniciais.
O contrato inicial de desenvolvimento e demonstração foi de US$ 66 milhões para dois anos. Foi seguido de um contrato de US$ 110 milhões para a fase de desenvolvimento final onde mais de 30 mísseis foram disparados.
O primeiro disparo guiado foi em dezembro de 1972 com um P-3 disparando um Harpoon contra o USS Ingersoll. Os testes operacionais completados em junho de 1978. O contrato principal de desenvolvimento foi dado em julho de 1973. De 40 protótipos, 34 foram lançados de 1974 a 1975. Foram 15 RGM-84A lançados de navios (incluindo o PHM High Point), três de submarinos e 16 de aeronaves. A primeira falha foi no fim de 1975.
A versão lançada de navio teve 100% de acerto. Em maio de 1973, a US Navy selecionou o Harpoon com arma primaria anti-navio para aeronaves (AGM-84A), para submarinos (UGM-84A) e navios (RGM-84A). Foram realizados sete disparos contratados na avaliação técnica. Três disparados foram realizados a partir de um P-3A e quatro do USS Downes até junho de 1974. O custo de desenvolvimento foi de US$ 320 milhões.
Descrição
O Harpoon tem corpo em formato cilíndrico em forma de torpedo com asas e barbatanas em cruz. O controle é feito nas aletas na cauda. As asas e barbatanas tem formato de delta com as pontas cortadas. Os mísseis lançados do ar e do ASROC tem asa fixa enquanto as outras versões tem com asas dobráveis. A entrada de ar da turbina fica entra as asas inferiores. O arranjo das sapatas de lançamento varia conforme a versão.
O míssil tem projeto modular com quatro seções:
- seção de guiamento com radar, radar altímetro, unidade de guiamento de meio curso e computador digital.
- seção de carga com cabeça de guerra, espoleta e mecanismo de armação e segurança.
- seção de propulsão com asas, bateria principal, tanques, entrada de ar.
- seção de controle com motor e atuadores.
A seção de guiamento tem um radar ativo da Texas Instruments (agora Raytheon TI Systems Inc) PR-53/DSQ-28 operando na J (10 a 20 GHz). O radar usa uma antena phased-array que cobre 45 graus para cada lado.
Atrás do radar fica a unidade de guiamento de meio curso (Midcourse Guidance Unit - MGU) AN/DSQ-44 com uma com a plataforma de navegação Northrop ou Lear Siegler de três eixos, chamada Attitude Reference Assembly (ATA), e um computador IBM 4PiSP-OA de 16 bit que atua como piloto automático. O ATA tem precisão menor que um sistema de navegação inercial (INS), mas é suficiente para o alcance do míssil. O radar altímetro é Honeywell ou Kollsman AN/APN-194.
A cabeça de guerra WDU-18/B, do tipo penetradora/fragmentada, pesa 221,kg com 100kg de explosivo Destex, otimizada para penetrar e explodir dentro do navio. A espoleta pode ser configurada para acionar por impacto ou atraso. A US Navy calcula que seria necessário cinco acertos com o míssil Harpoon para desabilitar um cruzador classe Kiev, quatro para desabilitar um classe Kara e dois para desabilitar uma fragata e um míssil para desabilitar uma lancha rápida de ataque.
A propulsão é por um turbojato Teledyne CAE J402-CA-400 com empuxo de 2,92kN (300kg) e autonomia 15 minutos com 45 de combustível JP-6. O motor é iniciado por um cartucho pirotécnico e atinge a potência máxima em 7 segundos. O míssil voa a Mach 0.85 (864 km/h - 240 m/s). O alcance máximo é de 140km na versão lançada de superfície e 185km para disparo do ar.
O motor de aceleração (booster) de combustível sólido é o Thiokol ou Aerojet A/B44G-2 e -3 de 137 kg que gera 5.400kg de empuxo por 2,9 segundos. O booster é descartado após queimar totalmente.
O Harpoon tem 3,85 metros de comprimento, diâmetro de 34,3 cm, envergadura de 91 cm e peso no lançamento de 556kg. O tamanho foi limitado pelo tamanho do míssil Standard para usar os mesmos lançadores. Mesmo assim, a maioria dos Harpoon é levado em container.
O Harpoon pode ser disparado dos lançadores Mark 11/13 (do Tartar e Standard) ou Mark 112 (ASROC). Os lançadores dedicados são o Mark 140 Mod 0 para FAC e corvetas e Mark 141 Mod 1 para navios maiores, com proteção maior. Os lançadores podem disparar um míssil a cada 2 segundos. O Mark 140 pesa 4.02 tons e Mark 141 pesa 5,9 toneladas. Ambos tem inclinação de 35 graus. Os mísseis são retirados anualmente do container para inspeção, mas agora são deixados por até 4 anos na versão naval e 5 anos na versão de disparo por submarino.
Após o disparo o míssil atinge uma altitude de 430 metros onde o turbojato é ativado e o booster é alijado. O Harpoon pode engajar alvos a 180 graus em relação ao curso da plataforma lançadora, ou 90 graus para cada lado em relação ao lançador, e até quatro mísseis podem ser disparos simultaneamente.
A versão lançada de navio teve 100% de acerto. Em maio de 1973, a US Navy selecionou o Harpoon com arma primaria anti-navio para aeronaves (AGM-84A), para submarinos (UGM-84A) e navios (RGM-84A). Foram realizados sete disparos contratados na avaliação técnica. Três disparados foram realizados a partir de um P-3A e quatro do USS Downes até junho de 1974. O custo de desenvolvimento foi de US$ 320 milhões.
Descrição
O Harpoon tem corpo em formato cilíndrico em forma de torpedo com asas e barbatanas em cruz. O controle é feito nas aletas na cauda. As asas e barbatanas tem formato de delta com as pontas cortadas. Os mísseis lançados do ar e do ASROC tem asa fixa enquanto as outras versões tem com asas dobráveis. A entrada de ar da turbina fica entra as asas inferiores. O arranjo das sapatas de lançamento varia conforme a versão.
O míssil tem projeto modular com quatro seções:
- seção de guiamento com radar, radar altímetro, unidade de guiamento de meio curso e computador digital.
- seção de carga com cabeça de guerra, espoleta e mecanismo de armação e segurança.
- seção de propulsão com asas, bateria principal, tanques, entrada de ar.
- seção de controle com motor e atuadores.
A seção de guiamento tem um radar ativo da Texas Instruments (agora Raytheon TI Systems Inc) PR-53/DSQ-28 operando na J (10 a 20 GHz). O radar usa uma antena phased-array que cobre 45 graus para cada lado.
Atrás do radar fica a unidade de guiamento de meio curso (Midcourse Guidance Unit - MGU) AN/DSQ-44 com uma com a plataforma de navegação Northrop ou Lear Siegler de três eixos, chamada Attitude Reference Assembly (ATA), e um computador IBM 4PiSP-OA de 16 bit que atua como piloto automático. O ATA tem precisão menor que um sistema de navegação inercial (INS), mas é suficiente para o alcance do míssil. O radar altímetro é Honeywell ou Kollsman AN/APN-194.
A cabeça de guerra WDU-18/B, do tipo penetradora/fragmentada, pesa 221,kg com 100kg de explosivo Destex, otimizada para penetrar e explodir dentro do navio. A espoleta pode ser configurada para acionar por impacto ou atraso. A US Navy calcula que seria necessário cinco acertos com o míssil Harpoon para desabilitar um cruzador classe Kiev, quatro para desabilitar um classe Kara e dois para desabilitar uma fragata e um míssil para desabilitar uma lancha rápida de ataque.
A propulsão é por um turbojato Teledyne CAE J402-CA-400 com empuxo de 2,92kN (300kg) e autonomia 15 minutos com 45 de combustível JP-6. O motor é iniciado por um cartucho pirotécnico e atinge a potência máxima em 7 segundos. O míssil voa a Mach 0.85 (864 km/h - 240 m/s). O alcance máximo é de 140km na versão lançada de superfície e 185km para disparo do ar.
O motor de aceleração (booster) de combustível sólido é o Thiokol ou Aerojet A/B44G-2 e -3 de 137 kg que gera 5.400kg de empuxo por 2,9 segundos. O booster é descartado após queimar totalmente.
O Harpoon tem 3,85 metros de comprimento, diâmetro de 34,3 cm, envergadura de 91 cm e peso no lançamento de 556kg. O tamanho foi limitado pelo tamanho do míssil Standard para usar os mesmos lançadores. Mesmo assim, a maioria dos Harpoon é levado em container.
O Harpoon pode ser disparado dos lançadores Mark 11/13 (do Tartar e Standard) ou Mark 112 (ASROC). Os lançadores dedicados são o Mark 140 Mod 0 para FAC e corvetas e Mark 141 Mod 1 para navios maiores, com proteção maior. Os lançadores podem disparar um míssil a cada 2 segundos. O Mark 140 pesa 4.02 tons e Mark 141 pesa 5,9 toneladas. Ambos tem inclinação de 35 graus. Os mísseis são retirados anualmente do container para inspeção, mas agora são deixados por até 4 anos na versão naval e 5 anos na versão de disparo por submarino.
Após o disparo o míssil atinge uma altitude de 430 metros onde o turbojato é ativado e o booster é alijado. O Harpoon pode engajar alvos a 180 graus em relação ao curso da plataforma lançadora, ou 90 graus para cada lado em relação ao lançador, e até quatro mísseis podem ser disparos simultaneamente.
Um Harpoon sendo disparado de um lançador Mk 141 na popa do cruzador USS Cowpens em novembro de 2012.
Outro disparo de um Harpoon de um Ticonderoga.
Um Harpoon sendo disparado de um lançador anti-submarino ASROC.
Visão da entrada de ar do Harpoon. Durante o voo o míssil voa em um angulo de ataque que facilita a geometria da entrada de ar.
Corte interno do Harpoon.
Detalhes do motor do Harpoon. A Teledyne venceu a Garret no desenvolvimento do motor do Harpoon.
Um Harpoon nas asas de um S-3 Viking. A imagem permite perceber a diferença entre as asas fixas da versão disparada do ar e a versão de asa dobrável disparada de navios. A versão de superfície tem uma luva aerodinâmica ao redor das dobradiças.
A produção do Harpoon Block 1 (AGM-84A, UGM-84A e RGM-84A) foi seguida da versão lançada de submarino RGM-84B com capacidade sea-skimming, chamado GWS 60 na Royal Navy. A capacidade sea-skimming entrou produção no Block 1B (RGM-84C) que entrou em serviço em 1982.
A versão de disparo de submarino UGM-84 é lançada de uma cápsula que bóia, não propulsada, da Lucas Aerospace, chamada Encapsulated Harpoon Weapon System (EHWS). A EHWS ejeta o míssil a 15,25m/s após aparecer na superfície a 45 graus de inclinação. Um sensor barométrico determina que cápsula está próxima da água e inicia a sequência de disparo. O míssil recebeu um SABOT no nariz para diminuir a onda de choque. Até seis a oito EHWS são levados por submarinos. Após o disparo o míssil voa como as outras versões.
O UGM-84 entrou em operação em 1981 com cerca de 1.000 mísseis entregues para a US Navy. O último Harpoon Block 1 foi entregue em 1991. No fim da década de 1990, US Navy iniciou a retirada de serviço do UGM-84 até 1997. A Royal Navy retirou os seus em 2003, mas pretende comprar o Block II para seus submarinos Astute.
A versão de disparo de submarino UGM-84 é lançada de uma cápsula que bóia, não propulsada, da Lucas Aerospace, chamada Encapsulated Harpoon Weapon System (EHWS). A EHWS ejeta o míssil a 15,25m/s após aparecer na superfície a 45 graus de inclinação. Um sensor barométrico determina que cápsula está próxima da água e inicia a sequência de disparo. O míssil recebeu um SABOT no nariz para diminuir a onda de choque. Até seis a oito EHWS são levados por submarinos. Após o disparo o míssil voa como as outras versões.
O UGM-84 entrou em operação em 1981 com cerca de 1.000 mísseis entregues para a US Navy. O último Harpoon Block 1 foi entregue em 1991. No fim da década de 1990, US Navy iniciou a retirada de serviço do UGM-84 até 1997. A Royal Navy retirou os seus em 2003, mas pretende comprar o Block II para seus submarinos Astute.
Sequência de disparo do sub Harpoon a partir de um submarino inglês. Na primeira imagem é possível ver o cone da cápsula sendo liberado com um pirotécnico. Um sensor hidrostático aciona o pirotécnico para abrir nariz iniciando o motor de aceleração. O míssil tem um alcance que permite ser disparado bem fora do alcance dos anéis defensivos inimigos, com pouca ameaça de contra detecção ou ataque contra o submarino. Com um disparo a longa distancia não é possível garantir qual alvo será atacado, e pode forçar o submarino a aproximar e usar seus torpedos.
Imagem de um sub Harpoon sendo disparado de um EHWS.
Imagem interna do EHWS.
Em 1985, foi iniciada a produção do Block 1C (AGM-84D). O alcance aumentou para 220km com o uso de combustível JP-10 no lugar do JP-6. Na fase final é possível escolher manobra pop-up ou voo sea-skimming. A capacidade de contramedidas foi melhorada. A capacidade de aproximação indireta foi adicionada no sistema de controle SWG1 que pode selecionar várias trilhas com doglegs além do voo direto para o alvo. O objetivo é ocultar a posição do navio lançador. O Block 1C também tem capacidade de disparo a 80 graus fora do eixo do lançador. A modernização das versões anteriores para o Block 1C custava US$ 20 mil no fim da década de 1990.
Em setembro de 1989, a McDonnell Douglas recebeu um contrato de US$ 9,8 milhões para uma versão de alcance aumentado com capacidade de reiniciar o ataque se perder o alvo com o Block 1D (RGM-84F). O Block 1D (AGM-84F) tem corpo mais longo (4,4 metros) e é mais pesado (630kg) por levar mais combustível (32kg a mais). O combustível adicional ajuda a aumentar os danos no alvo. As asas foram movidas para a frente para manter o angulo de ataque. Material absorvente de radar (RAM) foi adicionado a estrutura. O aumento do tamanho não permite ser disparado de submarinos. O alcance aumentou de 67 milhas do Block 1C e 50 milhas do Block 1B para 130 milhas. O maior alcance permite manobras para realizar novo ataque contra o alvo se perder na primeira passada. O míssil voa uma trilha de folha de trevo para readiquirir o alvo. A entrada em serviço era esperada para 1992, mas com o fim da Guerra Fria a versão foi cancelada em 1993 com poucos mísseis produzidos.
Em 1996, a empresa revelou os planos para o Block 1D chamado Harpoon P3I que se tornou o Block 1G com entrada em serviço em 1997. O Block 1G (AGM-84G) era o Block 1C modernizado com a capacidade de realizar novo ataque do Block 1D. Seria usado em navios que não podem receber o míssil maior e submarino.
Foram estudadas várias versões do Harpoon com velocidade supersônica, carregador de torpedo, sensor de imagem infravermelho, sensor passivo, cabeça de guerra nuclear, lançamento vertical e atualização de dados e alvos de meio curso.
Para dar capacidade de ataque terrestre de precisão ao Harpoon, a McDonnell Douglas desenvolveu o SLAM (Standoff Land Attack Missile) no fim da década de 1980 após o cancelamento do míssil TSSAM. O míssil foi designado AGM-84E. O SLAM tem um sensor infravermelho do míssil AGM-65D Maverick, o datalink da bomba planadora Walleye e um GPS. O míssil é 64 cm mais comprido e pesa 91kg a mais. A versão disparo naval testada no USS Ticonderoga em junho de 1990 para ver se tinha valor operacional.
Em fevereiro de 1995, a McDonnell Douglas recebeu um contrato US$ 3 milhões para outra demonstração SLAM naval para apoio do programa Surface Fire Support. Foram usados dois mísseis controlados por SH-60B e um F/A-18.
Em 1994, a versão de maior alcance SLAM-ER (AGM-84H) foi proposto como modernização do SLAM. Cerca de 700 mísseis foram modernizados. A US Navy considerou uma versão naval do SLAM-ER em 2001.
Em setembro de 1989, a McDonnell Douglas recebeu um contrato de US$ 9,8 milhões para uma versão de alcance aumentado com capacidade de reiniciar o ataque se perder o alvo com o Block 1D (RGM-84F). O Block 1D (AGM-84F) tem corpo mais longo (4,4 metros) e é mais pesado (630kg) por levar mais combustível (32kg a mais). O combustível adicional ajuda a aumentar os danos no alvo. As asas foram movidas para a frente para manter o angulo de ataque. Material absorvente de radar (RAM) foi adicionado a estrutura. O aumento do tamanho não permite ser disparado de submarinos. O alcance aumentou de 67 milhas do Block 1C e 50 milhas do Block 1B para 130 milhas. O maior alcance permite manobras para realizar novo ataque contra o alvo se perder na primeira passada. O míssil voa uma trilha de folha de trevo para readiquirir o alvo. A entrada em serviço era esperada para 1992, mas com o fim da Guerra Fria a versão foi cancelada em 1993 com poucos mísseis produzidos.
Em 1996, a empresa revelou os planos para o Block 1D chamado Harpoon P3I que se tornou o Block 1G com entrada em serviço em 1997. O Block 1G (AGM-84G) era o Block 1C modernizado com a capacidade de realizar novo ataque do Block 1D. Seria usado em navios que não podem receber o míssil maior e submarino.
Foram estudadas várias versões do Harpoon com velocidade supersônica, carregador de torpedo, sensor de imagem infravermelho, sensor passivo, cabeça de guerra nuclear, lançamento vertical e atualização de dados e alvos de meio curso.
Para dar capacidade de ataque terrestre de precisão ao Harpoon, a McDonnell Douglas desenvolveu o SLAM (Standoff Land Attack Missile) no fim da década de 1980 após o cancelamento do míssil TSSAM. O míssil foi designado AGM-84E. O SLAM tem um sensor infravermelho do míssil AGM-65D Maverick, o datalink da bomba planadora Walleye e um GPS. O míssil é 64 cm mais comprido e pesa 91kg a mais. A versão disparo naval testada no USS Ticonderoga em junho de 1990 para ver se tinha valor operacional.
Em fevereiro de 1995, a McDonnell Douglas recebeu um contrato US$ 3 milhões para outra demonstração SLAM naval para apoio do programa Surface Fire Support. Foram usados dois mísseis controlados por SH-60B e um F/A-18.
Em 1994, a versão de maior alcance SLAM-ER (AGM-84H) foi proposto como modernização do SLAM. Cerca de 700 mísseis foram modernizados. A US Navy considerou uma versão naval do SLAM-ER em 2001.
Um SLAM disparado de um A-6E Intruder. A versão lançada de superfície do SLAM foi chamado RGM-84E Sea-SLAM foi testado, mas a produção foi cancelada.
Comparação da configuração interna do Harpoon e SLAM.
Em 1996, a McDonnell Douglas revelou os planos do Harpoon 2000 (também chamado Harpoon 1J), depois designado Harpoon Block 2 ou Block II, com capacidade limitada de ataque terrestre.
No inicio de 1998, o Harpoon 2 foi proposto como melhoria para modelos antigos, mas a US Navy não estava mais interessada na capacidade anti-navio, retirando o sub Harpoon em 1996. Um Block 2 modernizado custaria entre 20 a 30% de um míssil novo. Teria melhorarias no seeker, seção guiamento cabeça de guerra. O míssil receberia um sistema inercial Honeywell HG 1700 usado pelas bombas guiadas JDAM. O míssil teria capacidade de armazenar oito pontos de baliza e precisão de ataque terminal de 10-13 metros. O míssil faria um mergulho na fase terminal contra alvos no litoral.
Em 1998, era esperado a encomenda de 950 modernizações do Harpoon 2 para os EUA e 1.500 para países estrangeiros, além de 1.100 novas encomendas a partir 2002. O primeiro voo do Harpoon 2 foi antecipado para maio de 2001 com três teste em julho e entrada em operação para 2002.
No fim do ano 2000, a US Navy considerou aumentar o alcance dos seus Harpoon usando a tecnologia do SLALM-ER. Foi planejado o disparo vertical, já testado durante o desenvolvimento do lançador Mark 41.
A Boeing recebeu um contrato de US$ 73,7 milhões para desenvolver o Harpoon Block III para o projeto e desenvolvimento de um kit de modernização. Seria comprado 850 kits com novo radar e um datalink para controle após disparo do míssil. O datalink seria usado para melhor a precisão e capacidade de operar em regiões litorâneas, com atualização de alvo em voo, controle terminal positivo e conectividade com futuras redes de comunicação. A entrada em serviço era esperado para 2011, mas o projeto foi cancelado em abril de 2009.
Israel instalou um datalink Spectralilnk da Tadiram em seus Harpoon. As FAC israelenses operam com um helicóptero para atualizar os dados do alvo para os seus mísseis Harpoon. Israel também equipou alguns dos seus Harpoon com ogiva nuclear para disparo dos submarinos classe Dolphin. Uma versão com cabeça de guerra nuclear foi estudada em 1979 pela US Navy, mas não foi encomendada.
As plataformas equipadas com o Harpoon usam o sistema de controle de tiro AN/SWG-1 (Harpoon Aircraft Command Launch Control System - HACLCS) para disparar os mísseis. O HACLCS é instalado em aeronaves para controlar o míssil. O AN/SWG-1A(V)10/11 é compatível com o Harpoon Block 2, com capacidade de engajar alvos múltiplos e melhor capacidade para operar no litoral.No inicio de 1998, o Harpoon 2 foi proposto como melhoria para modelos antigos, mas a US Navy não estava mais interessada na capacidade anti-navio, retirando o sub Harpoon em 1996. Um Block 2 modernizado custaria entre 20 a 30% de um míssil novo. Teria melhorarias no seeker, seção guiamento cabeça de guerra. O míssil receberia um sistema inercial Honeywell HG 1700 usado pelas bombas guiadas JDAM. O míssil teria capacidade de armazenar oito pontos de baliza e precisão de ataque terminal de 10-13 metros. O míssil faria um mergulho na fase terminal contra alvos no litoral.
Em 1998, era esperado a encomenda de 950 modernizações do Harpoon 2 para os EUA e 1.500 para países estrangeiros, além de 1.100 novas encomendas a partir 2002. O primeiro voo do Harpoon 2 foi antecipado para maio de 2001 com três teste em julho e entrada em operação para 2002.
No fim do ano 2000, a US Navy considerou aumentar o alcance dos seus Harpoon usando a tecnologia do SLALM-ER. Foi planejado o disparo vertical, já testado durante o desenvolvimento do lançador Mark 41.
A Boeing recebeu um contrato de US$ 73,7 milhões para desenvolver o Harpoon Block III para o projeto e desenvolvimento de um kit de modernização. Seria comprado 850 kits com novo radar e um datalink para controle após disparo do míssil. O datalink seria usado para melhor a precisão e capacidade de operar em regiões litorâneas, com atualização de alvo em voo, controle terminal positivo e conectividade com futuras redes de comunicação. A entrada em serviço era esperado para 2011, mas o projeto foi cancelado em abril de 2009.
Israel instalou um datalink Spectralilnk da Tadiram em seus Harpoon. As FAC israelenses operam com um helicóptero para atualizar os dados do alvo para os seus mísseis Harpoon. Israel também equipou alguns dos seus Harpoon com ogiva nuclear para disparo dos submarinos classe Dolphin. Uma versão com cabeça de guerra nuclear foi estudada em 1979 pela US Navy, mas não foi encomendada.
O AN/SWG-1A(V) consiste no console de controle com gabinete de sistemas de dados e painel indicador e controle de arma. Na ponte do navio é instalado um indicador de curso de engajamento mostrando a direção do navio, direção do alvo e cobertura da arma para cada lançador.
Os dados são recebidos pelos sensores do navio e processados pelo sistema de controle de tiro. O SWG-1A ativa os mísseis, seleciona o padrão de voo e modos do seeker (com janelas de aquisição pequena media e grande), além de alcance do alvo e dados direção.
O HACLCS tem as ferramentas para uso de todas as versões do Harpoon. O sistema mostra o alvo designado, outros contatos hostis, neutros e amigos na área de operação além do contorna da costa e outras obstruções no mar.
O HSCLCS mostra automaticamente opção de voo e busca otimizada para disparo rápido, com opção de ajustar manualmente. Até quatro mísseis de um lançador podem ser disparados para chegar ao mesmo tempo no alvo e é possível coordena o tempo sobre o objetivo de vários navios disparando o Harpoon.
Com o HSCLCS é possível:
- Configurar o contorno através do terreno automaticamente
- Configura o padrão de busca para evitar terra, obstrução e outros navios
- Armazenar dados do contorno da costa
- Ajustar o disparo para ocultar ponto de lançamento
- Evitar sistemas defensivos
- Voar ao redor de navios e terra
- Aproxima do alvo de várias direções
- Configura a altitude para sobrevoar terra ou navios amigos
- Seleciona a trajetória final sea-skimming ou pop-up
Configuração dos componentes do HACLCS.
O Harpoon tem quatro modos de disparo incluindo o Bearing Only Launch (BOL) e Range and Bearing Launch (RBL), com padrão de busca radar pequeno, médio e largo.
O modo Bearing Only Launch (BOL) consiste com disparo direto contra a direção geral do alvo com ativação do radar logo após o disparo com busca em 45 graus para cada lado. Se o míssil não adquirir o alvo o míssil passa a fazer uma busca padroniza. Se não adquirir alvo nenhum o míssil se auto destrói.
O radar tem padrão de busca largo, médio e pequeno. A janela de busca estreita precisa da localização precisa do alvo ou não irá detectar se o alvo estiver desviado muito, mas diminui as chances do radar ser interferido. O míssil tem um melhor desempenho se ligar o radar a menor distancia possível do alvo, para evitar contra medias como jamming ou o disparo de Chaff, além de não alertar e acionar as defesas ativas como mísseis e artilharia antiaérea. A agilidade de freqüência do radar é usada como contra medida eletrônica e permite vários Harpoon sendo disparado em salva.
Se o radar detecta um alvo, passa para o modo de guiamento. O alcance de busca pode ser configurado para longa e curta distancia. O alcance curto é menos suscetível a interferência eletrônica mas a posição do alvo tem que ser fornecida com grande precisão.
Com o alvo trancado, o Block 1A sobe a 1.800 metros em uma manobra "pop up" e mergulha a 30 graus. O Block 1B e Block 1C tem opção de perfil final sea-skimming voando bem baixo para evitar as defesas inimigas.
Após o disparo, o Harpoon voa em altitude de cruzeiro até o ponto de ligar radar. O míssil pode voar mais alto inicialmente para evitar bater em navios amigos ou terras baixas no caminho. A capacidade de aproximação indireta iniciou como Block 1C com capacidade de mudar curso em até 3 balizas com curvas de até 15 graus. Os primeiros modelos só podiam fazer um off-set.
O perfil de ataque da aeronave de patrulha P-3 Orion consistem de uma busca geral na área do alvo com o MAGE (Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica), procurando o alvo passivamente. Depois se aproxima abaixo do horizonte para fazer um "pop-up". O Harpoon é preparado para o disparo. O MAGE dá a direção, mas precisa do radar da aeronave para determinar a distância até o alvo. Basta algumas varredura para determinar a distancia e o P-3 mergulha logo depois. Se a altitude de disparo for muito baixa, o motor do Harpoon é ligado já no cabide. Se a altitude for suficiente o motor é ligado após cair a uma distancia pré estabelecida. O míssil desce a 33 graus até a altitude de cruzeiro.
O Harpoon foi pensado inicialmente como um míssil disparado do P-3, mas virou um míssil multiplataforma.
Perfil de disparo de um Harpoon por um P-3C. A versão mostrada faz um pop-up antes de mergulhar no alvo. A manobra pop-up final pode ser usada para evitar as defesas ativas.
Um Harpoon voando baixo até o alvo.
Disparo de um Harpoon de um A-7C Corsair contra o USS Ingersoll durantes os testes iniciais. As imagens mostram o Harpoon mergulhando no alvo.
Dados Técnicos:
AGM-84D | RGM/UGM-84D | AGM-84E | AGM-84F | AGM-84H/K | |
Comprimento (m) | 3,85 | 4,63 | 4,50 | 4,44 | 4,37 |
Envergadura (cm) | 91,.4 | 2,43 | |||
Diametro (cm) | 34,3 | ||||
Peso (kg) | 540 | 690 | 627 | 635 | 725 |
Alcance (km) | 220 km | 140 km | 93 | 315 km | 280 |
Cabeça de guerra | 221 kg WDU-18/B | 360 kg WDU-40/B |
http://www.youtube.com/watch?v=P3i5vSu6Erk
http://www.youtube.com/watch?v=rhcnhJIJ1Dw
http://www.youtube.com/watch?v=7SFSEo1tqfE
Harpoon Coastal Defense System: http://www.youtube.com/watch?v=iiFSqEgMZp0
Usuários
A produção piloto do Harpoon iniciou em 1975 com um total de 315 Harpoon fabricados em 1976, chegando a 2.100 em 1983. Era esperado a fabricação de 5 mil mísseis até 1988 a uma razão de 40 por mês. Os primeiros mísseis foram usados no P-3 Orion em 1977. O primeiro navio equipado com o Harpoon foi o cruzador USS Sterret (CG 31).
Em 1988, havia 4.023 mísseis em uso. O milésimo sub Harpoon foi entregue em agosto de 1983. O custo em 1988 era de US$ 1,27 milhões. Até abril de 1992, mais de 5.800 mísseis Harpoon foram entregas sendo 2.400 para exportação. No total foram 7.800 mísseis comprados e 4 mil exportados. As entregas para a US Navy pararam em 1992.
O Harpoon foi exportado para a Austrália, Canadá, Irã, Israel, Itália, Japão, Coréia do Sul, Kuwait, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, Tailândia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.
Em janeiro de 1992, o Harpoon estava em uso em 189 navios americanos e 207 navios aliados, 75 submarinos americanos e 49 aliados, 1.211 aeronaves americanas (incluindo 30 B-52G), 368 aeronaves aliadas e 3 baterias costeiras. Outras plataformas foram integradas ao Harpoon, mas não tem a arma.
Em 1994, havia poucos Block 1A em serviço, apesar da Boeing receber contratos para modernizar os mísseis para o padrão Block 1A(V). A maioria dos Block 1 foram modernizados para o padrão Block 1B. A McDonnell Douglas antecipou a modernização de 2.000 mísseis (28% do total) para o padrão RGM/UGM-84G.
O Harpoon é o míssil anti-navio ocidental mais usado. Um estudo da Aerospatiale de 1993 mostrava que o Harpoon dominava 43% do mercado ocidental de mísseis anti-navio. O primeiro comprador foi a Turquia, comprando em 1973 com entregas em 1977.
O Sub Harpoon foi comprado pela Austrália, Egito, Grécia (16 mísseis), Israel (quatro mísseis para os submarinos da classe Gal e Dolfin), Itália (dois classe Sauro), Japão com (dois a quatro mísseis em cada um dos seus 14 submarinos), Paquistão, Turquia (84 mísseis para seus para Type 209) e Reino Unido.
O Harpoon lançado do ar é usado nos F-16 da USAF, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan e UAE. A US Navy usa nos seus P-3 Orion, A-6 Intruder, S-3 Viking, AV-8B Harrier e F/A-18. A RAAF usa nos seus Super Hornet, Hornet, AP-3C e F-111. O Paquistão instalou nos seus P-3. Taiwan comprou 339 Harpoon para os seus F-16 e seus navios. A Índia comprou 24 Harpoon Block 2 em 2001 por US$ 170 milhões. Depois comprou mais 21 mísseis para os seus P-8I Podeidon.
O AGM-84 foi liberado para uso no A-6 Intruder, A-7E Corsair II, B-1B Lancer e B-52H Stratofortress, F27 Maritime, F-111C, F-16 Fighting Falcon, F/A-18 Hornet, F-20 Tigershark, Nimrod MR.Mk 2, AV-8B Harrier 2, P-3 Orion e S-3 Viking.
O Harpoon 2 foi comprado pela Dinamarca, Egito, UAE e Taiwan. Em 2006, o Paquistão comprou 130 Harpoon Block II sendo 50 na versão submarina, 50 para navio e 30 para caças. Cada míssil custou US$ 2,8 milhões.
Em 2012, a Coréia do Sul comprou 18 sub Harpoon por considerar mais barato que desenvolver um versão submarina dos seus mísseis como o SSM-700K Haeseong. Em 2006, já tinham comprado 58 Harpoon.
A produção piloto do Harpoon iniciou em 1975 com um total de 315 Harpoon fabricados em 1976, chegando a 2.100 em 1983. Era esperado a fabricação de 5 mil mísseis até 1988 a uma razão de 40 por mês. Os primeiros mísseis foram usados no P-3 Orion em 1977. O primeiro navio equipado com o Harpoon foi o cruzador USS Sterret (CG 31).
Em 1988, havia 4.023 mísseis em uso. O milésimo sub Harpoon foi entregue em agosto de 1983. O custo em 1988 era de US$ 1,27 milhões. Até abril de 1992, mais de 5.800 mísseis Harpoon foram entregas sendo 2.400 para exportação. No total foram 7.800 mísseis comprados e 4 mil exportados. As entregas para a US Navy pararam em 1992.
O Harpoon foi exportado para a Austrália, Canadá, Irã, Israel, Itália, Japão, Coréia do Sul, Kuwait, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, Tailândia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.
Em janeiro de 1992, o Harpoon estava em uso em 189 navios americanos e 207 navios aliados, 75 submarinos americanos e 49 aliados, 1.211 aeronaves americanas (incluindo 30 B-52G), 368 aeronaves aliadas e 3 baterias costeiras. Outras plataformas foram integradas ao Harpoon, mas não tem a arma.
Em 1994, havia poucos Block 1A em serviço, apesar da Boeing receber contratos para modernizar os mísseis para o padrão Block 1A(V). A maioria dos Block 1 foram modernizados para o padrão Block 1B. A McDonnell Douglas antecipou a modernização de 2.000 mísseis (28% do total) para o padrão RGM/UGM-84G.
O Harpoon é o míssil anti-navio ocidental mais usado. Um estudo da Aerospatiale de 1993 mostrava que o Harpoon dominava 43% do mercado ocidental de mísseis anti-navio. O primeiro comprador foi a Turquia, comprando em 1973 com entregas em 1977.
O Sub Harpoon foi comprado pela Austrália, Egito, Grécia (16 mísseis), Israel (quatro mísseis para os submarinos da classe Gal e Dolfin), Itália (dois classe Sauro), Japão com (dois a quatro mísseis em cada um dos seus 14 submarinos), Paquistão, Turquia (84 mísseis para seus para Type 209) e Reino Unido.
O Harpoon lançado do ar é usado nos F-16 da USAF, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan e UAE. A US Navy usa nos seus P-3 Orion, A-6 Intruder, S-3 Viking, AV-8B Harrier e F/A-18. A RAAF usa nos seus Super Hornet, Hornet, AP-3C e F-111. O Paquistão instalou nos seus P-3. Taiwan comprou 339 Harpoon para os seus F-16 e seus navios. A Índia comprou 24 Harpoon Block 2 em 2001 por US$ 170 milhões. Depois comprou mais 21 mísseis para os seus P-8I Podeidon.
O AGM-84 foi liberado para uso no A-6 Intruder, A-7E Corsair II, B-1B Lancer e B-52H Stratofortress, F27 Maritime, F-111C, F-16 Fighting Falcon, F/A-18 Hornet, F-20 Tigershark, Nimrod MR.Mk 2, AV-8B Harrier 2, P-3 Orion e S-3 Viking.
O Harpoon 2 foi comprado pela Dinamarca, Egito, UAE e Taiwan. Em 2006, o Paquistão comprou 130 Harpoon Block II sendo 50 na versão submarina, 50 para navio e 30 para caças. Cada míssil custou US$ 2,8 milhões.
Em 2012, a Coréia do Sul comprou 18 sub Harpoon por considerar mais barato que desenvolver um versão submarina dos seus mísseis como o SSM-700K Haeseong. Em 2006, já tinham comprado 58 Harpoon.
Os Harpoon Block 1C da fragata Peder Skram foram adaptado para defesa costeira para a Dinamarca. Foram usados embarcados entre 1988 a 2003. A bateria inclui dois veículos lançadores com quatro mísseis e outro de comando com o radar.
Os F-16 da USAF baseados em Misawa no Japão podem levar o AGM-84 Harpoon.
Um AGM-84 Harpoon no cabide central de um A-4 Skyhawk. O Harpoon é uma opção armar os AF-1 da Marinha e/ou os P-3AM da FAB.
O Harpoon entrou em serviço na USAF em 1985. Foram comprados 90 mísseis para equipar seus B-52G. A USAF tinha um requerimento de manter dois esquadrões de B-52 para apoiar operações marítimas. O B-52 é capaz de levar até 12 mísseis.
O mais novo usuário do Harpoon será o P-8 Poseidon. A imagem mostra dois Harpoon nas asas do P-8I da Índia.
O F-14 Tomcat foi uma das plataformas testadas com o Harpoon.
O F-20 chegou a testar o Harpoon em voo cativo.
A RAAF usou o Harpoon nos seus F-111 na missão de interdição marítima. O F-111 podia levar até quatro mísseis.
Um P-3 paquistanês com quatro mísseis Harpoon.
Harpoon em ação
Nos 421 disparos de avaliação, treino e testes até 1989, o Harpoon teve uma confiabilidade de 93,35%.
Em 1981 e 1982 ocorreram dois lançamentos acidentais com mísseis Harpoon em navios da US Navy e da Dinamarca. Em dezembro de 1988, um míssil Harpoon disparado de um caça F/A-18 Hornet do USS Constellation, matou acidentalmente um marinheiro a bordo do navio mercante indiano Jagvivek, durante um exercício no Pacific Missile Range, no Havaí. O navio indiano entrou na área de testes e o míssil adquiriu o mercante ao invés do alvo. A sorte foi que o Harpoon estava sem cabeça de combate.
O primeiro uso em combate foi em novembro de 1980, durante a operação Morvarid, quando uma FAC do Irã afundou dois Osa iraquianos sendo um com o Harpoon.
Nos 421 disparos de avaliação, treino e testes até 1989, o Harpoon teve uma confiabilidade de 93,35%.
Em 1981 e 1982 ocorreram dois lançamentos acidentais com mísseis Harpoon em navios da US Navy e da Dinamarca. Em dezembro de 1988, um míssil Harpoon disparado de um caça F/A-18 Hornet do USS Constellation, matou acidentalmente um marinheiro a bordo do navio mercante indiano Jagvivek, durante um exercício no Pacific Missile Range, no Havaí. O navio indiano entrou na área de testes e o míssil adquiriu o mercante ao invés do alvo. A sorte foi que o Harpoon estava sem cabeça de combate.
O primeiro uso em combate foi em novembro de 1980, durante a operação Morvarid, quando uma FAC do Irã afundou dois Osa iraquianos sendo um com o Harpoon.
Teste de um Harpoon contra um alvo simulando um navio.
Efeito do impacto de um Harpoon contra a fragata HMS Boxer britânica. O míssil atingiu o hangar do navio.
Outra oportunidade foi em março de 1986 contra a Líbia na operação Prairie Fire. Foram três engajamento com cinco disparos. Dois mísseis Harpoon foram lançados do cruzador USS Yorktown outros mísseis foram disparados de aviões de ataque A-6E Intruder. Os mísseis afundaram a corveta Ean Zaquit e a FAC Waheed e vários danificaram a corveta Ean Mara no Golfo de Sidra.
A operação Prairie Fire tinha sido planejada pelo Pentágono já em outubro de 1985. O plano dessa operação consistia em realizar exercícios da US Navy no Golfo de Sidra para causar algum tipo da reação da Líbia. A reação seria encarada como "provocação", dando motivo para os EUA contra-atacarem. A tarefa adicional era conseguir mais dados sobre o sistema SA-5.
As primeiras operações ao longo da costa líbia foram voadas já em fevereiro de 1986, e durante os seguintes 32 dias, os caças da US Navy penetraram continuamente ao sul do espaço aéreo da "linha da morte". Esta linha conectava Benghasi e Trípoli, e marcava as águas e o espaço aéreo declarados como líbios. Kadaffi ameaçava derrubar ou destruir todo navio ou avião dos EUA que se deslocassem ao sul da linha.
Em uma perseguição a um MiG-25PD em 25 de março de 1986, um Tomcat aparentemente cruzou a "linha da morte", chegando a uns 40km da costa líbia, ainda fora das águas territoriais, foram engajados por SA-5. Logo após, dois SA-5s adicionais foram disparados, mas ambos foram jameados por um EA-6B, que nesse meio tempo começou a apoiar os Tomcats. Nenhum avião foi derrubado.
As 19:00h, o CVW-17 começou a lançar o primeiro contra-ataque, despachando diversos A-7E do esquadrão VA-83, armados com mísseis AGM-88A HARM, e um número de A-6E do VA-85 armados com AGM-84 Harpoon e Rockeye e dois EA-6B o VAQ-132. As 19h26 min, os primeiros a atacar foram dois A-6E do VA-55, que encontraram um barco rápido de mísseis Combatante-II líbio. O barco foi incapacitado primeiramente por um único AGM-84, e destruído então pelo outro Intruder, que o explodiu com uma CBU Rockeye.
Uns 40 minutos mais tarde, ao menos dois F-14A do VF-102, acompanhados por F/A-18, de A-7E, e de EA-6B, que permaneciam a baixa altitude, aproximaram-se do sítio de SA-5 perto de Sidra, causando sua ativação e disparo. Assim que o radar foi ativado, os Corsairs lançaram diversos mísseis HARM, e então a formação inteira se distanciou. Não se sabe se algum dos HARM acertou, os Intruders do VA-85 e VA-55 tiveram um espaço livre para atacar diversos outros barcos líbios.
Em torno de 21:55h, dois A-6E do VA-55 atacaram uma corveta classe Nanuchka que se dirigia para o cruzador USS Yorktown. A corveta foi atingida por um míssil AGM-84A e se incendiou, mas depois rebocada para Benghasi. Simultaneamente, o USS Yorktown disparou dois Harpoons e incapacitou um outro barco Combatante II.
As 07:30h da manhã seguinte, uma outra corveta líbia classe Nanuchka saindo do porto de Bengazi foi interceptada por A-6E do VA-55 e atacada com bombas em cacho Rockeye a baixa altitude. O navio foi posto fora de ação imediatamente e afundado subseqüentemente por um AGM-84 disparado por um A-6E do VA-85, a uma distância de 25km. A lancha afundou em 10 minutos. O ataque foi dentro do alcance dos SA-5, mas os líbios não responderam
A Operação Prairie Fire foi terminada às 08:30h, momento em que os líbios haviam perdido duas embarcações Combatante II e uma corveta Nanuchka, enquanto outra Nanuchka foi posta fora de ação. Os americanos acreditavam também ter destruído dois radares Squaire Pair e diversos outros sistemas de controle de fogo de SAM, principalmente Fansongs, usados para a orientação de SA-2.
Imagem de uma corveta líbia atacada em 1986.
Em 1988, os mísseis Harpoon foram usados para afundar a fragata iraniana Sahand (Vosper Mk.5). Outro míssil foi disparado contra o barco-patrulha rápido classe “Combattante II” Joshan, mas falhou porque o navio já estava quase afundando, atingido por mísseis RIM-66 Standard.
No dia 14 de abril de 1988, a fragata USS Samuel B. Robert bateu mina enquanto escoltava comboios no Golfo. Os Seals descobriram outras minas que levou a origem iraniana.
A reação foi a operação Praying Mantis em 18 de abril de 1988. Nessa operação, quatro Harpoon disparados do ar e navios afundaram fragata Sahand e FAC Joshan.
A operaçaõ iniciou com um ataque contra a plataforma Sassan, usada como base pelo iranianos, por um Grupo de Ação de Superfície (SAG - Surface Action Group) com dois contratorpedeiros e um navio de desembarque. Depois foram para a plataforma de Rakhsh. Antes dois F-14 iranianos iniciaram um ataque baixo, mas ao serem trancados no radar os Tomcat fugiram.
Outro SAG com o Cruzador USS Wainwright e as fragatas USS Simpson e USS Bagley atacaram a plataforma de Sirri.
A resposta iraniana foi um ataque com lanchas rápidas Boghammar contra vários alvos no Golfo. Dois petroleiros foram atingidos. Os A-6E foram direcionados e atacaram com Rockeye afundando um e danificando vários outras lanchas. O resto fugiu para ilha de Abu Musa.
A FAC Joshan iraniana, classe Combattante II, desafiou o SAG americano. Foi alertada por radio e disparou um míssil Harpoon em resposta contra o USS Wainwright, mas o míssil passou ao lado do navio, aparentemente sem detectar o alvo. O USS Simposon respondeu com dois mísseis Standard enquanto a USS Wainwright disparou um Standard. O navio iraniano foi atingido e depois atacado por um Harpoon da USS Bagley que não acertou. O SAG Charlie aproximou com a USS Simpson, USS Bagley e USS Wainwright atacando com canhão até afundar.
Dois F-4E iranianos aproximaram da USS Wainwright. Um fugiu após ser iluminado pelo radar. Outro se aproximou baixo e foi atacado por dois SM-2 Standard. Um míssil atingiu mas a aeronave conseguiu pousar danificado.
A fragata iraniana IS Sahand passou a desafiar o SAG. Foi detectada por dois A-6E voando SUCAP (Surface Combat Air Patrol) para o contratorpedeiro USS Joseph Strassus.
A Sahand disparou nos A-6E que responderam com dois Harpoon e quatro bombas guiadas a laser Skipper. O USS Joseph Strauss disparou um Harpoon. Quase todos os disparos atingiram a Sahand com danos pesados. O navio afundou após o paiol explodir.
No fim do dia, a fragata iraniana IS Sabalan partiu do porto e disparou em vários A-6E. A resposta foi o lançamento de bombas guiadas a laser GBU-12 que danificaram o navio. A Sabalan foi depois rebocada até o porto.
No estreito de Hormuz, vários mísseis Silkworn foram disparados de baterias em terra contra o SAG Delta, contra o USS Gary. Um AH-1T Cobra do USMC caiu enquanto apoiava a USS Wainwright.
Imagem da Sahand depois do ataque americano.
Arte das operações no Golfo com um A-6E Intruder disparando uma AGM-123 Skipper.
Outra arte mostrando como foram os ataques a Sahang.
Na operação Desert Storm em 1991, ocorreu um disparo de um Harpoon de uma lancha saudita contra um lança-minas iraquiano em 24 de janeiro. O navio foi afundado. Outros sete SLAM foram disparados no conflito.
Um S-3 Viking reabastecendo um AV-8B durantes as operações aéreas no Iraque em 1998. O S-3 está armado com um míssil Harpoon para realizar interdição marítima simultaneamente com as missões de reabastecimento em voo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.