quinta-feira, 29 de março de 2018

Fuzil Heckler & Koch G36

Apesar de relativamente novo, o Fuzil de Assalto Heckler & Koch G36 já pode ser considerado um dos sistemas de armas mais “maduros” da atualidade. Sem desprezar toda inovação contida no projeto, é justamente no mecanismo de funcionamento, baseado no reconhecido e confiável ferrolho rotativo com múltiplos ressaltos de trancamento, movimentado por um sistema de tomada de gases com êmbolo de curso curto, derivado do tradicionalíssimo AR-18, que reside sua maior virtude. Na realidade, este sistema de funcionamento, originalmente projetado pela empresa Armalite norte-americana, foi submetido ao aperfeiçoamento da rigorosa engenharia de armamentos alemã, chegando ao que pode ser considerado o ápice da perfeição mecânica possível para este mecanismo. Além disso, a adoção deste mecanismo de funcionamento representou um marco para a empresa Heckler und Koch, a tradicional H&K, na medida em que finalmente, após quase 50 anos, abandonou-se o sistema de trancamento por roletes empregado em praticamente toda linha de armas daquela empresa, desde os pioneiros Fuzil G3 e Pistola P9, até as mundialmente reconhecidas Submetralhadoras da série MP-5.

Fuzil de Assalto Heckler & Koch G36.
O Fuzil de Assalto H&K G36 pode ser considerado o amalgama de toda a evolução tecnológica e conceitual ocorrida no campo de armamento portátil para uso de infantaria nos últimos 30 anos. Combina o sistema de funcionamento que no decorrer de décadas de uso consolidou-se como o mais eficiente, os materiais de construção mais leves, resistentes e duráveis disponíveis, a combinação de sistemas de mira mais versátil e eficaz possível, a modularidade e adaptabilidade exigida pelo cenário moderno e, como coroamento, o menor custo de produção dentre os similares. Sua história data do início da década de 90, quando o Exército da nova Alemanha unificada identificou a necessidade de adoção de um novo sistema de armas de infantaria que substituísse os já cansados H&K G3, bem como os recém chegados AK-74 oriundos da ex-Alemanha Oriental, por uma nova arma que fosse precisa e moderna como o primeiro, além de resistente, leve e confiável como o segundo, mas sem ser exorbitantemente caro e revolucionário como o H&K G11, que já se encontrava em testes junto à tropa, haja vista que o fim da Guerra Fria e as despesas decorrentes da unificação desautorizavam a continuidade de tal projeto.

Fuzil de Assalto Heckler & Koch G36 desmontado, mostrando seus componentes principais.
Foi montado então um apertado cronograma de desenvolvimento para um fuzil que de certa forma fosse extremamente moderno e, ao mesmo tempo, que fosse simples e de funcionamento convencional. As experiências com o fuzil G3 e com o fuzil G11 já estavam sendo combinadas a algum tempo dentro da empresa H&K, que visualizava para um futuro próximo uma fatia de mercado que demandaria uma arma mais moderna que os G3, FAL e M16 que infestavam os exércitos ocidentais, mas que ao mesmo tempo não fosse tão futurista e radical como o G11: era o projeto HK 50, que agora se encaixava como uma luva nos requisitos do “Bundeswehr”. E foi justamente esta arma, resultante de um projeto já existente na empresa que, no ano de 1995, foi submetida a uma série de testes comparativos com os mais diversos Fuzis de Assalto disponíveis à época, sagrando-se vencedora e sendo selecionada naquele ano como o novo fuzil padrão do Exército Alemão, recebendo a designação “Gewehr 36” (Fuzil 36), ou simplesmente G36. A nova arma foi inicialmente destinada às Forças Especiais Alemãs e suas unidades de apoio, mas como com a produção em série seu preço diminuiu muito, decidiu-se pela sua adoção em massa, sendo que, já no ano de 2003, todas as unidades do exército daquele país já estavam dotadas com os novos G36.
A arma é construída de polímeros em quase sua totalidade: somente alguns componentes que atualmente não podem ser feitos deste material são produzidos em alguma forma de metal, tais como o cano, a cabeça de trancamento do ferrolho, o êmbolo de gases, as molas e algumas outras partes menores. Para assegurar a máxima rusticidade, todos os componentes metálicos recebem um tratamento especial de cromo duro e “tenniferização” que os torna virtualmente imunes à corrosão, o que, combinado com a construção polimérica do restante da arma, faz com que esta seja praticamente insensível às agressões do meio ambiente, quase independente de lubrificação e com necessidades absolutamente mínimas de manutenção, tendo os diversos testes efetuados pelo fabricante e pelo Exército Alemão demonstrado que o fuzil necessita de limpeza somente a cada 15 mil disparos, o que corresponde praticamente à vida útil de uma arma desta categoria. A construção em polímeros estende-se aos carregadores, com capacidade para 30 cartuchos e semitransparentes, os quais podem ser encaixados lado a lado graças a um sistema de ressaltos, aumentando o poder de fogo imediatamente à disposição do atirador. O carregador do Fuzil G36 demonstrou ser muito superior ao carregador tipo M-16 padrão da OTAN (STANAG), principalmente em termos de durabilidade, resistência à corrosão e confiabilidade, sendo, além de tudo, mais leve.

Fuzil de Assalto G36K com três carregadores acoplados lado a lado. Note os dois ressaltos para acoplamento dos carregadores, visíveis no carregador preso do lado esquerdo. (Foto: www.hkdefense.com)
O sistema de funcionamento, como já dito, é por tomada de gases, movimentando um pequeno êmbolo com um curso de deslocamento bem curto, o qual impulsiona o transportador do ferrolho, que é solidário a uma alavanca de manejo ambidestra, o qual movimenta a cabeça de trancamento rotativa dotada de sete ressaltos de trancamento. Uma peculiaridade do sistema de tomada de gases é que, logo acima do evento de tomada de gases, há uma válvula de controle de pressão que permite o funcionamento da arma independentemente da energia do propelente e das condições de limpeza do cilindro onde se aloja o êmbolo de gases, permitindo a expulsão de resíduos de pólvora ou outros corpos estranhos que porventura venham a adentrar no mecanismo, tais como água, areia, poeira, etc. Este sistema elimina o botão giratório de regulagem do sistema de gases presente no nosso conhecido FAL, que possui a posição “1”, para pouca pressão no sistema, sendo recomendado o uso com a arma limpa, posição “2”, para mais pressão e uso com a arma com pouca manutenção, e posição “GR”, para lançamento de granada de bocal. Além disso, o nosso complicado FAL tem um anel de regulagem de pressão, logo atrás da massa de mira, que serve para regular um funcionamento mais suave da arma de acordo com a carga de propelente utilizada na munição. Não é preciso nem dizer que nossos soldados conscritos não aprendem como se fazem estas regulagens (a não ser aquela do botão 1-2-GR) e que muitos dos instrutores não têm a mínima noção de para que serve o anel de regulagem de pressão. O H&K G36, sendo mais simples e eficiente, substituiu este complexo sistema por uma válvula de projeto simples, que faz tudo sem intervenção humana, permitindo, inclusive, o lançamento de granadas de bocal. Ainda de forma similar ao FAL (no caso, o PARA-FAL), o G36 possui uma coronha dobrável para a direita, que não interfere com a operação da arma, sendo que ela é acionada por um botão localizado do lado esquerdo, próximo à articulação da mesma, sendo de muito fácil operação, diferente do sistema “abaixa-e-levanta-puxa-e-solta” do PARA-FAL. Para travar a coronha na posição dobrada, usa-se um simples encaixe entre a parte interna da coronha e o defletor de cartuchos deflagrados, o qual se situa atrás da janela de ejeção e tem por objetivo proteger o rosto do atirador canhoto das cápsulas quentes ejetadas pela arma.

Transportador do ferrolho com a alavanca de manejo integrada numa só peça de material polimérico. Note a cabeça de trancamento rotativa em metal.

Aqui se observa um recorte, que mostra o evento de tomada de gases, a cabeça do êmbolo de gases e, logo à frente, a válvula de controle de pressão
Até aqui temos a descrição básica do que é o Fuzil de Assalto H&K G36 e, a partir de então, graças à modularidade do projeto, a arma pode assumir várias formas, de acordo com os componentes nela adaptados, dando origem às inúmeras versões existentes: G36, G36E, G36K, G36KE, G36C, G36KV, AG36 e MG36. Vamos então a elas:
G36
O G36 é a arma básica do Exército Alemão. Ele possui o módulo de empunhadura e gatilho com seletor de tiro ambidestro, o qual tem pictogramas (desenhos de cartuchos) para marcar as posições “segurança”, “fogo semi-automático”, “rajada controlada de dois disparos” e “fogo automático”. Seu módulo de carregador aceita os carregadores padrão do G36, com o retém de liberação situado atrás do carregador, como nos AK47, FAL, G3 e tantos outros. O retém do ferrolho mantém o mecanismo aberto depois de disparado o último cartucho do carregador e, para liberar o ferrolho à frente, deve-se puxar a alavanca de manejo, não havendo, nesta versão, um botão de liberação do ferrolho. Pode-se optar pela desativação do retém do ferrolho, fazendo com que a arma não permaneça aberta após o último disparo. O cano do G36 é da versão longa e mede 480 mm, sendo usado em combinação com o módulo de guarda-mão longo, com seis orifícios de ventilação, que pode receber um bipé articulado, o qual se aloja nas reentrâncias do guarda-mão quando fora de uso.

Fuzil G36 padrão do Exército Alemão.
O módulo de miras é da versão mais completa, compondo-se de uma luneta de tiro com aumento de 3,5X, sobre a qual é montado um visor ótico de ponto vermelho, similar ao conhecido “Aimpoint”. A luneta de tiro possui um retículo com marcações de 200 a 800m, régua para cálculo de distância baseada num objeto de 1,75m de altura (altura média observável de um soldado) e marcações para tiro contra alvos em movimento da direita para esquerda e vice-versa. Já o visor ótico possui apenas o tradicional ponto vermelho, normalmente ajustado para fogo de 0 a 200m, que é alimentado por uma pilha do tipo “AA”, que também alimenta a maioria dos Óculos de Visão Noturna (OVN) dos exércitos do mundo. Para uso durante o dia, a fonte de alimentação é desligada e uma janela na parte superior do visor ótico é aberta, expondo um sistema de captação de luz feito de fibra ótica, o qual vai iluminar o ponto vermelho sem a necessidade de pilhas, podendo assim conservá-las. O cano possui encaixe para baioneta, e o G36 utiliza a baioneta padrão do AK-74, que podia ser encontrada aos montes nos estoques da ex-Alemanha Oriental, à época da unificação. Nesta versão, a arma mede 999 mm com a coronha estendida, 758 mm com a coronha dobrada e pesa 3,6kg descarregada, ou 4,0kg com um carregador cheio nela inserido.
G36K

Fuzil G36K, com a coronha dobrada.
O G36K, de “Kurz” ou curto, é a versão do Fuzil de Assalto G36 destinada às tropas pára-quedistas ou de operações especiais. Ela é adotada pela KSK e pelo GSG9 da Alemanha, além do SAS e SBS da Inglaterra, entre outras Unidades de Operações Especiais menos conhecidas. A diferença em relação ao G36 reside na adoção de um cano de menor comprimento, medindo 320 mm e, por conseqüência, usando um módulo de guarda-mão mais curto, com quatro orifícios de ventilação, o qual não pode receber o bipé. Como seu cano é mais curto, este não pode receber a baioneta e também não pode disparar granadas de bocal, possuindo um quebra-chama de desenho diferente, que lida melhor com o maior clarão produzido. Com estas mudanças a arma passa a medir 860 mm com a coronha estendida e 615 mm com a coronha dobrada, pesando 3,3kg descarregada e 3,7kg municiada com um carregador de 30 cartuchos.
G36E
O G36E, de “Export” ou exportação, é a versão do Fuzil de Assalto G36 adotada pelo Exército Espanhol. A única diferença com relação ao G36 Alemão está no módulo de miras, que utiliza uma versão mais simples: uma luneta de tiro com 1,5X de aumento e um retículo simples em formato de cruz, com um conjunto de miras mecânicas fixas e abertas montadas sobre a luneta e ocupando toda extensão da alça de transporte, as quais são ajustadas para disparos até 200m. No mais, é a mesma arma. Ao contrário do que alguns pensam, a designação “Export” não significa que a H&K só vende esta versão para clientes estrangeiros, muito pelo contrário: por ser uma arma de conceito modular, qualquer versão pode ser adquirida e posteriormente modificada, “ao gosto do freguês”. Esta designação só foi adotada por se tratar da versão que recebeu o primeiro contrato de exportação, de forma a facilitar sua identificação. Atualmente a H&K tentou arrumar este mal-entendido dizendo que o “E” significa “España”, mas esta designação não colou e ficou sendo “Export” mesmo. Esta arma mede 999 mm com a coronha estendida e 758 mm com a coronha dobrada, pesando 3,3kg descarregada e 3,7kg municiada com um carregador de 30 cartuchos cheio.
G36KE
É o “Kurz-Export”, ou curto de exportação, sendo o mesmo que o G36K, porém com o módulo de miras do G36E. Com esta mudança a arma mede os mesmos 860 mm com a coronha estendida e 615 mm com a coronha dobrada, passando a pesar 3,0kg descarregada e 3,4kg municiada com um carregador de 30 cartuchos.
G36C
É o “Compact” ou “Commando”, uma versão que possui o cano ainda menor, com 228 mm, e por isso mesmo usando um módulo de guarda-mão muito curto, com apenas dois orifícios de ventilação. Por ser tão curto, ele possui uma proteção em sua parte anterior a fim de evitar que a mão de apoio escorregue para frente do cano. Ele é normalmente utilizado com uma empunhadura vertical adaptada ao guarda-mão, o que lhe confere maior controlabilidade em fogo automático. O cano possui quebra-chama similar ao do G36K e G36KE. Ele possui também um módulo de gatilho simplificado, com seletor de tiro para as posições “segurança”, “fogo semi-automático” e “fogo automático”. Seu módulo de miras é o mais simples, composto de um trilho universal tipo “Picatinny”, no qual são afixadas miras mecânicas reguláveis do tipo “peep sight”, da própria H&K. Estas possuem regulagem horizontal na alça de mira, que é composta de dois orifícios em “L” para 150 e 300m. Outras miras mecânicas de outros fabricantes podem ser usadas, bem como miras óticas, lunetas de tiro diurno e noturno, além de todo e qualquer tipo de sistema de mira que tenha uma interface tipo “Picatinny”. A arma mede 720 mm com a coronha estendida e 500 mm com a coronha dobrada (o mesmo tamanho de uma MP-5), pesando 2,8kg descarregada e 3,2kg municiada com um carregador de 30 cartuchos.

Fuzil G36C com a coronha dobrada, estando equipado com visor ótico Aimpoint Comp M e empunhadura vertical. Todos estes acessórios estão presos a trilhos com interface Picatinny”.
G36KV

Fuzil G36KV, ainda sem o módulo de gatilho e coronha aperfeiçoados.
O "Kort Versjon" é o Fuzil de Assalto G36K de dotação do Exército Norueguês. Trata-se de um fuzil G36K, com os módulos de mira e de gatilho simplificados do G36C. Porém, algumas melhorias foram feitas nesta arma, aproveitando-se da experiência ganha com o XM-8. O módulo de gatilho incorporou um retém de carregador modificado e um inédito retém de ferrolho, ambos da Versão II do H&K XM-8. O retém de carregador tem um formato de “L” invertido, com parte deste assumindo a posição tradicional, atrás do carregador, e a outra parte bifurcando-se e acompanhando a parte inferior e as laterais do guarda-mato do gatilho, como se fosse duas “palas” de um boné, podendo assim ser acionado durante uma troca de carregadores pelo polegar da mão de apoio, ao empunhar o carregador (como no G36 e em outros tantos Fuzis de Assalto), ou pelo dedo indicador da mão que empunha a arma, o dedo do gatilho, pressionando as laterais ou “palas” do retém e deixando o carregador cair ao solo, ao mesmo tempo em que a mão de apoio, que ficou livre, busca um novo carregador cheio, tornando o processo de remuniciamento muito mais rápido. Quanto ao retém de ferrolho, este é também em formato de “L” e fica dentro do guarda-mato do gatilho, sendo também acionado pelo dedo do gatilho após a inserção do novo carregador cheio. Com este sistema, o tempo para remuniciamento da arma é diminuído em até duas vezes, sendo que uma recarga normal que demora em média de 3 a 4 segundos, pode ser feira em pouco mais de um segundo por um operador treinado. A última mudança é na coronha dobrável, que agora também é regulável em comprimento, ajustando-se aos diversos tamanhos de atiradores, e às vestes usadas, sendo possível reduzir seu comprimento para emprego em ambientes confinados, ou para uso em conjunto com vestes balísticas e/ou espessas roupas de frio. . Com estas mudanças, a arma mede os mesmos 860 mm com a coronha estendida e 615 mm com a coronha dobrada de um G36K ou G36KE, desde que a coronha esteja regulada no comprimento intermediário, passando a pesar 3,1kg descarregada e 3,5kg municiada com um carregador de 30 cartuchos.

Módulo de gatilho aperfeiçoado do fuzil G36KV.Note o retém do carregador em “L” invertido com as “palas” que se prolongam ao lado e abaixo do guarda-mato, bem como o retém do ferrolho, também em “L”, na parte interna do guarda-mato e à frente do gatilho. Ambos são operados com o dedo indicador, o dedo do gatilho.

Coronha aperfeiçoada, dobrável e regulável, do fuzil G36KV.
AG36
Trata-se de um Fuzil de Assalto G36, G36E, G36K, G36KE ou G36KV acoplado a um módulo de guarda-mão que contém um lançador de granadas AG-C de baixa velocidade no calibre 40x46mm. O lançador de granadas tem o cano com abertura basculante para a esquerda, ao invés da abertura de deslizamento para frente do M203 norte-americano, o que permite que sejam disparadas granadas de maior comprimento, como as novas granadas com ogiva termobárica e as com espoleta programável, tornando a arma mais versátil. O lançador também possui uma empunhadura independente, tornando o tiro mais preciso e confortável, além de possuir um mecanismo de gatilho de dupla ação com trava manual e ambidestra, o que o transforma numa arma muito segura de ser transportada pronta para o uso com uma munição na câmara, bem diferente de seu congênere estadunidense. O lançador também pode ser adaptado a outras armas, tais como o M-16, e é o lançador de granadas padrão em dotação no Exército Alemão, no Exército Espanhol, no Exército Norueguês, no Exército Holandês e no Exército Inglês, sendo usado, neste último caso, tanto em conjunto com Fuzis de Assalto SA80A2 das tropas regulares, como também com os G36K das Forças Especiais. O módulo com lançador de granadas AG-C acrescenta 1,5kg ao Fuzil de Assalto em que é adicionado, e pode ser usado tanto com miras mecânicas quanto com miras óticas de ponto vermelho, sendo ambas providas.

De cima para baixo: fuzil G36K, módulo de guarda-mão com lançador de granadas AG-C e fuzil G-36C.

O módulo do lançador de granadas AG-C também pode ser disparado sem estar acoplado ao fuzil, podendo receber uma coronha telescópica e ser utilizado como uma arma independente. Note a visada sendo feita através do visor ótico, que é esta peça retangular com um pequeno símbolo amarelo que representa material radioativo, no caso as cápsulas de trítio utilizadas para iluminar o retículo, permitindo o tiro de dia e à noite, com ou sem Óculos de Visão Noturna (OVN).
MG36

Metralhadora leve MG36. Note o carregador Beta C-Mag.
O H&K MG36 nada mais é do que um Fuzil de Assalto G36 (ou G36E, neste caso tornando-se o MG36E) com um cano pesado, de perfil mais grosso, porém com os mesmos 480 mm de comprimento e utilizando o mesmo módulo de guarda-mão longo, com seis orifícios de ventilação, e bipé dobrável. Foi desenhado para atender à função de arma automática de apoio do Grupo de Combate, tal e qual o FAP do Exército Brasileiro e, para isso, utiliza um carregador Beta C-Mag com capacidade para 100 cartuchos. Porém, num mundo em que a função de arma automática de Grupo de Combate é agora dominada pelas metralhadoras leves alimentadas por cintas de elos metálicos e com canos de troca rápida, armas como o próprio FAP, a MG36 Alemã, a RPK Russa e a L86 Inglesa perderam seu mercado e não obtém mais sucesso comercial. O cano pesado e o bipé adicionam 1,1kg ao peso do G36 ou do G36E.


Metralhadora leve MG36E. Note o bipé dobrável e os trilhos “Picatinny” para os mais diversos acessórios.
Acessórios
Por ser modular, a arma comporta vários acessórios, porém alguns se destacam e merecem ser mencionados, tais como: o visor de tiro noturno Zeiss/Hensoldt NSA80, que pode ser acoplado num orifício existente na alça de transporte da arma, colimando sua saída de imagem com a objetiva da luneta de tiro, fazendo assim com que o visor possa ser utilizado em conjunto com as miras da própria arma, aproveitando assim o retículo de tiro e a regulagem já feitas.

Da esquerda para a direita: visor de tiro noturno Zeiss/Hensoldt NSA80 e o mesmo acessório acoplado a uma metralhadora leve MG36.
Os trilhos de acessórios do tipo “Picatinny”, da própria H&K, que podem ser afixados através de pinos nos módulos de guarda-mão, permitindo o uso em conjunto de lanternas, apontadores laser, empunhaduras verticais, etc.

Fuzil G36C com silenciador AAC G36SD, trilhos de acessórios e uma lanterna Surefire M910A, com empunhadura vertical integral. Note o carregador padrão M-16. Abaixo: um fuzil G36K, com módulo de mira do G36C, mira ótica MEPOR21, lanterna Surefire M560A e dois carregadores acoplados lado a lado.
O módulo de carregador que aceita os carregadores tipo M-16 padrão da OTAN (STANAG), contando também com o retém de acionamento horizontal tipo M-16 e ambidestro nele integrado.

Fuzil G36E com módulo de carregador tipo M-16, com um carregador da marca ORLITE, de fabricação israelense. Note o retém de acionamento horizontal.

Detalhe do módulo de carregador tipo M-16 padrão OTAN (STANAG), com um carregador de alumínio padrão M-16 inserido.
E, por fim, o módulo de guarda-mão em alumínio da Knight’s Armament Company (KAC) #99326, que possui várias interfaces do tipo “Picatinny” em toda sua volta e uma grande área ventilada, o que em conjunto como módulo de trilho de mira “Picatinny” da mesma empresa, fornece, em minha opinião, a melhor configuração para o Fuzil de Assalto G36, quando combinados com as miras reguláveis e dobráveis KAC#99428 e KAC#99427 e o visor ótico Leupold Mark 4 1-3x14mm CQ/T.

Módulo de guarda-mão em alumínio da KAC, com o jogo de miras mecânicas e reguláveis mencionado no texto.

Fuzil de Assalto G36K equipado de maneira similar à mencionada.

Alça de mira regulável e dobrável, a qual possui ajuste vertical com graduações de 200m a 600m, além de ajuste horizontal.
A direita: massa de mira dobrável e regulável, nos planos horizontal e vertical.

Mira ótica Leupold Mark 4 CQ/T, com aumento ajustável para 1X ou 3x e objetiva de 14mm, com retículo iluminado por bateria para uso de dia, à noite e com OVN. Ela cumpre as funções de mira ótica tipo Aimpoint, quando ajustada para 1X, e luneta de tiro com calculadora de distância, quando na posição 3X.

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