sábado, 12 de outubro de 2019

Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)

Frente do Mediterrâneo (Segunda Guerra Mundial)


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Frente do Mediterrâneo
Segunda Guerra Mundial
The British Army in Italy 1943 NA8236.jpg
Militares britânicos na Itália, em 1943.
Data10 de junho de 1940 - 2 de maio de 1945
LocalTerritórios ao redor do Mar Mediterrâneo
(Norte de ÁfricaÁfrica OrientalÁfrica Oriental e Europa meridional)
DesfechoVitória dos Aliados.
Beligerantes
Aliados
 Reino Unido
Flag of Ethiopia (1897-1936; 1941-1974).svg Etiópia
Flag of Poland.svg Polônia
 Checoslováquia
Flag of Free France (1940-1944).svg França Livre
State Flag of Greece (1863-1924 and 1935-1973).svg Reino da Grécia
(a partir de 1940)
 Iugoslávia
(a partir de 1941)
 União Soviética
(a partir de 1941)
Flag of the United States (Pantone).svg Estados Unidos
(a partir de 1941)
Flag of Brazil (1889–1960).svg Brasil
(a partir de 1942)
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Reino de Itália (1943-1945)
Flag of Albania (1946–1992).svg República Popular Socialista da Albânia (1944-1945)
Eixo
Flag of Germany (1935–1945).svg Alemanha Nazista
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Reino de Itália
(1940-1943)
Flag of Philippe Pétain, Chief of State of Vichy France.gif França de Vichy (1940-1942)
Flag of Hungary (1915-1918, 1919-1946).svg Reino da Hungria
(1940-1944)
Flag of Bulgaria.svg Bulgária
(1941-1944)
War flag of the Italian Social Republic.svg República Social Italiana
(1943-1945)
Comandantes
Reino Unido Harold Alexander
Reino Unido Claude Auchinleck
Reino Unido Andrew Cunningham
Reino Unido Bernard Freyberg
Reino Unido Bernard Montgomery
Reino Unido Archibald Wavell
Reino Unido Henry Maitland Wilson
Estados Unidos Mark Wayne Clark
Estados Unidos Jacob Devers
Estados Unidos Dwight Eisenhower
Flag of Free France (1940-1944).svg Jean de Lattre de Tassigny
Flag of Free France (1940-1944).svg Philippe Leclerc de Hauteclocque
State Flag of Greece (1863-1924 and 1935-1973).svg Alexander Papagos
Naval Ensign of the Kingdom of Yugoslavia.svg Dušan Simović
Flag of Yugoslavia (1946-1992).svg Josip Broz Tito
Alemanha Nazista Hans-Jürgen von Arnim
Alemanha Nazista Johannes Blaskowitz
Alemanha Nazista Walther von Brauchitsch
Alemanha Nazista Albert Kesselring
Alemanha Nazista Walter Kuntze
Alemanha Nazista Wilhelm List
Alemanha Nazista Alexander Löhr
Alemanha Nazista Erwin Rommel
Alemanha Nazista Kurt Student
Alemanha Nazista Heinrich von Vietinghoff
Alemanha Nazista Maximilian von Weichs
Flag of Philippe Pétain, Chief of State of Vichy France.gif François Darlan
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Ugo Cavallero
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Rodolfo Graziani
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Giovanni Messe
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg Arturo Riccardi
Durante a Segunda Guerra Mundial, a frente do mediterrâneo abrangeu a luta entre os Aliados e as forças do Eixo para conseguir o domínio do Mar Mediterrâneo e países limítrofes. Os combates esporádicos entre a Itália fascista de Benito Mussolini e a Luftwaffe alemã e os submarinos de Hitler contra a Marinha Real Britânica e a RAF (Força Aérea Real), caracterizaram a frente naval do Mediterrâneo. No sul da Europa, as fracassadas campanhas italianas nos Balcãs, motivaram uma reação alemã, que levou à subjugação das nações dos Balcãs. No norte da África os alemães do Afrika Korps e seus aliados italianos enfrentaram os britânicos pelo controle da Líbia e Egito. A guerra de partisans na Iugoslávia e na Grécia, a conquista aliada do norte da África e a subsequente invasão da Itália em 1943, completam este frente relativamente secundário da guerra.
Os combates travados na frente do Mediterrâneo, durante a Segunda Guerra Mundial, podem ser divididos em seis campanhas:
Os países que enviaram quantidades significativas de seus exércitos nesta frente foram: África do SulAlemanhaAustráliaCanadáCroáciaEstados UnidosFrança (França Livre e França de Vichy), Grã-BretanhaÍndiaItáliaNova Zelândia e Polônia. Partidários e partisans na Grécia e Iugoslávia lutaram contra as tropas das forças do Eixo, em termos semelhantes aos de um exército organizado. Tropas do Brasil e outros países da Commonwealth também participaram, embora suas contribuições não tenham sido decisivas. Embora parte da luta tenha acontecido na AlbâniaArgéliaEgitoLíbiaMarrocos e Tunísia, as tropas desses países não lutaram ou apoiaram de modo esporádico ou incontínuo.

Origem[editar | editar código-fonte]

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália juntou-se à Entente Cordiale contra a Alemanha, com a promessa da Grã-Bretanha de receberia as costas ocidentais dos Balcãs. Após a guerra, a Itália reivindicou sua dívida, mas recebeu apenas um pequeno território ao redor da cidade de Trieste. A Itália havia perdido quase meio milhão de homens na guerra e não tinha obtido qualquer benefício com isso. Um débil governo italiano, que não pôde enfrentar os veteranos de guerra que protestavam diariamente nas ruas, e uma grave crise econômica, converteram a Itália em um dos países mais atrasados ​​da Europa, incluindo o seu exército, um fator que trouxe problemas durante a segunda guerra mundial.
Em outubro de 1922Benito Mussolini marchou junto com cerca de 10 mil camisas negras até Roma, intimidando ao rei Victor Emanuel III, que o nomeou primeiro-ministro.
Imediatamente, Mussolini começou a procurar colônias no norte da África e dos Balcãs, entretanto, ciente de sua própria fraqueza econômica e militar, decidiu dar início a um período de rearmamento e de industrialização, que deveria estar concluído até 1945.
A chegada de Hitler ao poder na Alemanha, forçou uma corrida da Itália para ocupar novas colônias, conquistando a Etiópia em 1936 e a Albânia, em 1939. Mussolini, consciente de que não iria conseguir competir em uma futura guerra, manifestou a Hitler o seu desejo de manter a neutralidade da Itália.
invasão da Polónia e a Batalha da França, vencidas pela Alemanha, mudaram a opinião de Mussolini, que decidiu declarar guerra aos Aliados em 20 de junho de 1940, lançando uma invasão ao sul da França, que fracassou. Este revés não perturbou o líder italiano, já que ele achava que era uma questão de semanas para que a Grã-Bretanha também caísse, e em seguida, todas as suas possessões coloniais seriam presas fáceis.
Apesar da Grâ Bretanha não ser tomada, o teatro europeu de operações se estabilizou e Mussolini voltou sua atenção para o Norte de África.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Após a guerra, a economia arruinada semeou o descontentamento no Reino de Itália. O rei Victor Emanuel III caiu em descrédito, ao perder todas as colônias italianas que restavam na África, incluindo a Somália, apenas a Líbia permaneceu sob administração italiana, embora fosse claro que era apenas temporário. O rei abdicou em maio de 1946 em favor de seu filho Humberto II, mas ele governou apenas 33 dias, já que um referendo realizado em 12 de junho converteu a Itália em uma república. Em um tratado assinado em Paris em fevereiro de 1947, a Itália abriu mão de qualquer direito de possuir colônias em todo o mundo, também cedeu todas as ilhas do Mar Adriático que ficavam próximas aos Balcãs para a Iugoslávia, este país também recebeu a península de Ístria, a parte ocidental da atual Eslovénia e o porto de Fiume. A região ao norte de Ístria e Trieste foram colocadas sob administração internacional sob o nome de Território Livre de Trieste até 1952, quando a Itália recebeu parte do território correspondente à atual Província de Trieste e a Iugoslávia tomou o resto. As ilhas do Dodecaneso, sob o domínio italiano desde 1918, foram administradas pela Grã-Bretanha até 1947, quando foram anexados à Grécia sob fortes protestos da Turquia.
Albânia conseguiu recuperar a sua autonomia e eventualmente se tornou um estado independente sob a liderança do ex-líder partisan Enver Hoxha. Durante a Guerra Fria, a Albânia conseguiu retirar-se do Pacto de Varsóvia sem que isso implicasse em um aproximamento ao bloco ocidental
Apesar de os comunistas do ELAS (Exército Popular de Libertação Nacional, do gregoEllinikós Laikós Apeleftherotikós Stratós) terem controle sobre mais de 60% da Grécia, em 1944, sob pressão de Stalin e de outros grupos partisans, eles concordaram em formar um governo misto, que logo foi se afastando cada vez mais dos partidos comunistas. Incontentes por serem relegados para um segundo plano, o ELAS reuniu novamente cerca de 100 mil guerrilheiros e iniciou uma nova luta, desta vez contra o exército grego de 90 mil soldados (ver Guerra Civil da Grécia). A ajuda soviética esperado pelos membros da ELAS não foi obtida, já que Churchill e Stalin haviam chegado a um acordo em 1945 deixando a Grécia na zona de influência do bloco occidental.[1] Sem o apoio soviético, o ELAS foi derrotado em 1949 e a Grécia entrou na OTAN.
Na mesma reunião onde Churchill e Stalin decidiram o destino da Grécia, o destino da Iugoslávia também foi modificado. Na verdade, foi determinado que a Grã-Bretanha e a União Soviética, compartilhassem o domínio político na Iugoslávia, no entanto, quando Tito venceu a eleição em novembro de 1945, proclamou uma nova constituição e logo se tornou ditador. As relações entre Tito e Stalin tensas sempre foram, em 1948, a Iugoslávia foi expulsa do Cominform, e em 1956 promoveu a criação do Movimento dos Países Não Alinhados.
A Líbia foi capaz de obter a sua independência em 1952, enquanto a Tunísia e Marrocos conseguiram em 1956. A Argélia era a mais valiosa das colônias para a França, por isso só depois da Guerra de Independência da Argélia, que este país ficou livre do domínio francês.
Enquanto o Egito era oficialmente independente desde 1922, a interferência contínua do Reino Unido nos assuntos egípcios não terminou até que Gamal Abdel Nasser tomou o poder em 1954.

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