segunda-feira, 12 de março de 2018

O LGF-7



O LGF-7

O lança granadas antitanque LGF-7 é resistente, simples e letal. É também bastante popular. O LGF-7, como existe hoje, é o resultado de muitos anos de revisão e modificações. O LGF "original" se baseou na arma antitanque alemã Panzerfaust e posteriormente foi seguida pela LGF-2, LGF3 e assim por diante. De fato, embora a LGF-4 tivesse passado nas provas de campo em 1961, o teste encontrou um modelo mais novo, o LGF-7, que foi lançado naquele mesmo ano, mas com alcance de tiro melhorado e capacidade de perfuração de blindagem. Em 1961 foi o LGF-7, não o LGF-4, que as Forças Armadas Soviéticas adotaram para uso real. Hoje, o LGF-7 é usado pelos exércitos de mais de quarenta países e uma série de organizações terroristas no Oriente Médio e América Latina.
Agora que sabemos o que é um LGF-7, vamos conhecer seu mecanismo de operação.
Disparo de um LGF-7
O operador do LGF ou um assistente de artilharia pega uma carga de granada (impulsionador) e põe na ponta de uma ogiva. Basicamente, este é um cano estabilizante com quatro asas estabilizantes, duas encontradas de um lado e duas adicionais em sua parte traseira. Um contêiner de papelão recobre a parte traseira do cano estabilizante. Dentro do container de papelão, um rojão de pó de nitroglicerina está empacotado e umpropulsor de ignição ou carga de pólvora é colocada no fim do cano.
O operador do LGF ou a pessoa da artilharia pega esta arma montada, carregada na parte da frente do lançador do LGF e alinha com o mecanismo de gatilho. Depois o operador puxa o gatilho, dando início a uma série de eventos.
  • Uma cápsula de percussão dá ignição, gases se acumulam dentro da câmera do lançador, rasgando o container de papelão e arremessando a granada através do tubo do lançador. Neste caminho, o contêiner é muito parecido com uma cápsula de pólvora em uma bala.
  • A força resultante do acúmulo de gases arremessa a granada para fora do tubo a 117 metros por segundo. A aceleração abrupta da granada deixa o lançador acionar uma ignição piezoelétrica, que aciona a mistura de pólvora com piroretardante. Isto acende o rojão de nitro, ativando o sistema de propulsão do foguete (motor recarregável) para carregar a granada o resto de seu trajeto.
  • Enquanto a granada deixa o lançador, os orientadores no cano estabilizante se abrem e, juntos com o motor do foguete, permitem que a granada viaje a uma longa distância com velocidade potencial de aproximadamente 294 metros por segundo. A granada se move como uma bola de futebol americano, rodando pelo ar. Os orientadores estabilizam seu vôo.
  • Um soquete na fenda da arma alivia o recuo durante o disparo. Os gases liberados saem da parte traseira da unidade do lançador e o operador está livre para recarregar a arma de imediato. Porém, na prática, o operador do LGF deveria permanecer quieto e passar um tempo para recarregar. O flash de lançamento e a fumaça cinza azulada propicia uma indicação clara para o inimigo da localização do LGF. Um operador eficaz e sobrevivente é aquele que rapidamente muda de posição para acobertá-la.
Há vários tipos de granadas que podem ser usadas no LGF-7. Algumas têm um estopim piezoelétrico de ignição baseado na detonação, o que significa que elas são granadas de impacto. Muitas outras têm sistemas de atraso, ou seja, se elas não atingem o alvo em um certo momento (algo como quatro segundos e meio) a granada se autodestrói. As granadas mais comuns são Alto Explosivo (AE) ou Alto Explosivo Antitanque (AEA).
As granadas de impacto devem ser desarmadas até que sejam realmente lançadas, pois qualquer contato acidental pode acioná-las. Já que são, em geral, disparadas de um lançador, elas devem ter um sistema automático para armar. Em alguns desenhos, como o descrito acima, o sistema de armar é acionado pela explosão de lançamento que leva a granada para fora do lançador. Em outros desenhos, a aceleração da granada ou a rotação durante seu vôo é que arma o detonador.

Em caso de atrasos, o mesmo mecanismo de estopim que desativa o foguete desativa a granada. A faísca acende um material que queima lentamente no estopim. Em torno de quatro segundos, o material queima durante todo o trajeto. A ponta do elemento de atraso é conectada ao detonador. O material que queima na ponta do elemento de atraso acende o material no detonador e explode a ogiva.

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