segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no século 19.
Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a economia e a população paraguaias.
É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na Argentina e Uruguai e de Guerra Grande, no Paraguai. A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início  em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 

A Batalha do Riachuelo, um dos mais sangrentos episódios da Guerra do Paraguai.- óleo de Vítor Meireles

Francisco Solano López, ditador do Paraguai.

Causas

Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López.
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.
Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.
Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações europeias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

Guerras do Ópio

A Guerra do Ópio foi um conflito entre Grã-Bretanha, que foi apoiada pela França e China. Na verdade, ocorreram duas Guerras. A primeira ocorreu no período de 1839 a 1842 e a segunda de 1856 a1860. 

A primeira guerra

Os conflitos entre a Grã-Bretanha e a China, resultaram na decadência do império chinês. Os combates iniciaram por causa dos esforços da China em acabar com o comércio de ópio em seu território. Comerciantes ingleses exportavam a droga para a China ilicitamente, entretanto, em 1839, o governo chinês destruiu todo o estoque de ópio da cidade portuária de Cantão. Desta forma, a Primeira Guerra do Ópio teve início.

O conflito foi encerrado em Agosto de 1842 com a assinatura do Tratado de Nanjing, o primeiro dos chamados "tratados desiguais", pelo qual a China aceitou acabar com o sistema de Co-Hong (companhia governamental chinesa), abrir cinco portos ao comércio britânico (Cantão, Amói, Fuchou, Ningpo e Xangai), pagar uma pesada indenização de guerra e ceder a ilha de Hong Kong, na qual ficaria sob o domínio inglês por 100 anos. Como garantia do direito de comércio assim obtido, um navio de guerra britânico ficaria permanentemente ancorado em cada um desses portos.

Apesar do pacto com a China, a situação nos novos portos abertos continuou a não satisfazer as pretensões dos estrangeiros. O comércio não prosperava tão rapidamente como o pretendido, tornando assim a situação incompatível com os interesses dos ocidentais.

Episódio da segunda guerra do ópio (1856-1860), em Cantão.

A segunda guerra

Em 1856, a China violou o Tratado de Nanjing quando alguns oficiais chineses abordaram e revistaram o navio de bandeira britânica Arrow, desencadeando assim mais um conflito entre a China e a Inglaterra. Porém, desta vez a Inglaterra não estava sozinha, contava com a ajuda de um novo aliado: a França. O que deixava clara a vitória europeia.

A China então novamente sai derrotada e, em 1858, é exigido que a China aceite o Tratado de Tianjin no qual garantia a abertura de onze novos portos ao Ocidente, além de consentir a liberdade de movimento aos mercadores europeus e missionários cristãos.
Na tentativa de administrar o grande fluxo estrangeiro, a China então instituiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde consentia que se instalassem delegações ocidentais na capital e renunciou o termo "bárbaro", usado inclusive em documentos quando se fazia menção aos ocidentais. 

Em 1860 o acordo foi ratificado e ocorreu a legalização do ópio. O uso e o comércio da droga em território chinês só foram banidos de vez após a tomada do poder pelos comunistas, em 1949.

A independência dos Estados Unidos

Antes da Independência, os EUA eram formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra.
Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.

Colonização dos Estados Unidos

Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
Colônias do Norte: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.
Colônias do Sul: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.

Guerra dos Sete Anos

Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.

Metrópole aumenta taxas e impostos

A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa),  Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.

Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.

Segundo Congresso da Filadélfia

Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.

Constituição dos Estados Unidos

Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.

Thomas Jefferson : redigiu a Declaração de Independência em 1776
  

Declaração da Independência, por John Trumbull, 1817–1818.

Guerra dos Trinta Anos

Recebe o nome de Guerra dos Trinta Anos uma série de guerras e conflitos que diversas nações europeias travaram entre si a partir de 1618, principalmente na Alemanha, motivados por rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais.

Os conflitos religiosos ocorridos na Alemanha, mas que foram solucionados com a assinatura da Paz de Augsburgo em 25 de setembro de 1555  estabeleceram um período no qual cada príncipe podia estabelecer sua crença aos habitantes de seus domínios. O equilíbrio manteve-se enquanto as crenças predominantes restringiam-se à religião católica e luterana, mas a chegada do calvinismo complicaria o cenário.
Considerada uma força renovadora, a nova linha religiosa conquistou diversos soberanos. Os jesuítas e a Contra-Reforma, por outro lado, contribuíram para que o catolicismo reconquistasse forças. Assim nasceu o projeto expansionista dos Habsburgos, idealizado por Fernando, duque de Estíria, que fora educado pelos jesuítas. O perigo ameaçava tanto as forças protestantes no Norte como a vizinha França.

Richelieu  cardeal católico que apoiou os protestantes para derrubar a dinastia Habsburgo
À medida que o conflito se projetava, a luta ia sendo influenciada por muitos outros temas colaterais, tais como as rivalidades e ambições dos príncipes alemães e a obstinação de alguns dirigentes europeus, sobretudo dos franceses e suecos, em abater o poderio do catolicismo Sacro Império Romano-Germânico, a ferramenta política da família dos Habsburgos.

Esta situação fora desencadeada na segunda metade do século XVI pelas fraquezas do Tratado de Augsburgo, um acordo finalizado em 1555 entre o Sacro Império católico e a Alemanha luterana.

Os conflitos religiosos agravaram-se na Alemanha no andamento do reinado do Imperador Rodolfo II (1576-1612), período durante o qual foram arrasadas muitas igrejas protestantes. As liberdades religiosas dos crentes protestantes foram restringidas, nomeadamente as relativas à liberdade de culto; os oficiais do governo lançaram as bases do Tratado de Augsburgo, que criou condições para  refortalecer o poder católico. Com a fundação da União Evangélica em 1608, uma união defensiva protestante dos príncipes e das cidades alemãs, e a criação, no ano seguinte, da Liga Católica, uma organização similar, mas dos católicos romanos, tornava-se inevitável o recurso à guerra para tentar resolver o conflito latente, o qual foi desencadeado pela secção da Boêmia da União Evangélica.

Na Boêmia (atual República Checa), teve início uma contenda pela sucessão do trono, que envolveu católicos e protestantes. Fernando II de Habsburgo, com a ajuda de tropas e recursos financeiros da Espanha, dos germânicos católicos e do papa, conseguiu vencer os protestantes da Boêmia. Os protestantes, que constituíam a maior parte da população, estavam revoltados com a agressividade da hierarquia católica. Os protestantes exigiam de Fernando II, o rei da Boêmia e futuro imperador do Sacro Império, uma intervenção em seu favor. Entretanto, as reivindicações foram totalmente ignoradas pelo rei, pois este era um católico fervoroso e um possível herdeiro do poder imperial dos Habsburgos. Fernando II estabeleceu o catolicismo como único credo admitido na Boêmia e na Morávia. Os protestantes boêmios consideraram o ato de Fernando como uma infração da "Carta de Majestade". Isso provocou nos boêmios o desejo de independência.

A resposta da maioria protestante não se fez esperar: em 23 de Maio de 1618, insatisfeitos com os católicos que arrasaram um de seus templos, invadiram o palácio real em Praga e jogaram dois dos seus ministros e um secretário pela janela, fato que ficou por isso conhecido como a "Defenestração de Praga" ou "violência de Praga", desencadeando a revolução protestante. Assim iniciava a guerra, que abrangeu as revoltas holandesas depois de 1621 e concentrou-se em um confronto franco-Habsburgo após 1635.

Guerra das Rosas

A guerra das Rosas foi uma guerra civil pela conquista do trono inglês, travada entre 1453 e 1485.
Nela se enfrentaram a família real de Lancaster, cujo brasão tem uma rosa vermelha, e a de York, que traz no seu uma rosa branca.
Teve como origem a disputa entre senhores feudais ingleses para compensar a perda de seus territórios na França na Guerra dos Cem Anos. Durante 30 anos, a Coroa britânica alterna-se entre as duas casas, o que provoca um enfraquecimento da nobreza.

A Rosa Vermelha dos Lancaster

A Rosa Branca dos York
O conflito teve início quando Ricardo, duque de York, o maior senhor feudal inglês e aspirante ao trono, aprisiona Henrique VI, rei da Inglaterra e membro da família Lancaster.
Os York foram derrotados em 1460 na Batalha de Wakefiel. Um ano depois, Eduardo IV, também da casa de York, toma o trono dos Lancaster na Batalha de Towton, mas acaba traído pela nobreza e é obrigado a devolvê-lo a Henrique VI.
O rei é morto em 1471 na Batalha de Barnet, junto com outros membros da casa real de Lancaster. Dois anos depois morre também Eduardo IV, e Ricardo III apodera-se do trono e manda assassinar os sobrinhos, primeiros na linha de sucessão. A guerra termina em 1485, quando Henrique Tudor derrota Ricardo III na Batalha de Bosworth.
O novo rei então unifica as duas alas da nobreza, pois é genro de Eduardo IV, da casa de York, e ligado aos Lancaster por parte de mãe. O Parlamento, que tinha como principal base de sustentação uma nobreza feudal dizimada e arruinada, é esvaziado.
Henrique Tudor sobe ao trono da Inglaterra sob o nome de Henrique VII iniciando assim a dinastia Tudor (1485-1603), restaurando a autoridade real e implantando o absolutismo na Inglaterra.

A Rosa de Tudor, unindo ambos emblemas , criada no término da guerra civil.

Guerra dos Treze Anos

A Grande Guerra ou Guerra dos Treze Anos (1593 / 1606) foi uma das inúmeras guerras entre a Monarquia de Habsburgo e o Império Otomano, que ocorreram após a Batalha de Mohács.

Os integrantes da guerra foram a Valáquia, os Habsburgos, a Transilvânia, a Moldávia (com a ajuda do Sacro Império Romano-Germânico, Ferrara, Toscana, Mântua e dos Estados Pontifícios) e o Império Otomano.

A guerra teve início em 29 de julho de 1593, quando o exército otomano, sob o comando de Sinan Pasha iniciou uma campanha militar contra a monarquia Habsburgo e continuou até a Batalha de Keresztes ou Cerestes em 24-25 de outubro de 1596, pondo fim a paz de Zsitvatorok, em 11 de novembro de 1606.
A guerra ocorreu, sobretudo na Hungria Real (hoje o sul da Eslováquia), no Império Otomano (localizado principalmente na Transdanúbia e na atual Croácia) e no sul da atual Romênia. A última fase da guerra (1604 - 1606) corresponde à revolta de Stephen Bocskay.

A Primeira Cruzada

A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095 pelo papa Urbano II e teve uma importante motivação de natureza religiosa: a reconquista da cidade de Jerusalém pelos cristãos.
Desde 1076, os muçulmanos haviam conquistado a cidade sagrada e, por meio de proteção militar, dificultavam a peregrinação dos cristãos que queriam conhecer um dos mais importantes locais por onde Jesus Cristo passou.
Na verdade, a Primeira Cruzada não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de natureza religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres, a Cruzada Germânica e a Cruzada de 1101.
A Primeira Cruzada representou um marco na mentalidade e nas relações de cristãos ocidentais, cristãos orientais e muçulmanos. Apesar das suas conquistas terem eventualmente sido completamente perdidas, também foi o início da expansão do ocidente que, juntamente com a Reconquista da Península Ibérica, resultaria na aventura dos descobrimentos e no imperialismo ocidental.
Em 1095, na cidade de Clermont, durante um concílio, Urbano II fez um discurso chamando os reis e príncipes católicos para que unissem suas forças contra a presença dos infiéis, os muçulmanos, na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096. 
Utilizando cruzes vermelhas, que indicavam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até atingir o seu destino final.
Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por inúmeras privações. Alguns chegaram a beber a própria urina e o sangue de animais devido à falta de água potável. 

Em 1097, um contingente de 10.000 pessoas estava em Constantinopla, prontas para o avanço até Jerusalém. Divididos em pequenos exércitos, os cruzados conquistaram as cidades de Niceia e Antioquia. Logo depois, os exércitos avançaram sobre Jerusalém e provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois da conquista, Godofredo de Bulhão foi eleito chefe do Reino de Jerusalém. Após sua morte, em 1100, foi sucedido por seu irmão, Balduíno de Bolonha. 

Guerras da Gália

Historiograficamente, designa-se por Guerras da Gália ou Gálicas a série de campanhas de Júlio César (58 a.C.-51 a.C.) que permitiram estabelecer o domínio romano sobre a Europa a oeste do rio Reno (Gália).
César, após atravessar a Gália Transalpina, expulsou as tribos germânicas fixadas ao sul e ao leste, as belgas ao norte e os vênetos a oeste. Atravessou o Reno para mostrar o poder de controle das fronteiras. Favorecido pela desunião intertribal, reprimiu implacavelmente as costas norte e oeste. Invadiu duas vezes (55 a.C. e 54 a.C.) a Bretanha, que era vista como refúgio belga e ameaça para Roma. No inverno de 53 a.C.-52 a.C., Vercingetórix reuniu as tribos da Gália central numa unidade incomum. Em longa e dura batalha, César derrotou Vercingetórix e os seus sucessores, culminando na rendição do chefe gaulês.
A Gália, que ocupava apenas uma parte do noroeste da península Itálica (Gália Cisalpina) e uma estreita faixa de terra ao sul da atual França (Gália Narbonense), passou a incluir o equivalente ao atual território da França e da Bélgica.

As guerras macedônicas

As guerras macedônicas foram conflitos ocorridos entre Roma e Macedônia nos séculos III e II a.C..
Tiveram seu início pela disputa política e territorial. Na primeira guerra macedônica, ocorrida entre 211 - 205 a.C., Filipe V enfrentou a oposição de uma aliança entre Roma, Etólia e Pérgamo. Porém, como Roma estava envolvida com a Segunda Guerra Púnica, Felipe V obrigou a Etólia a aceitar os termos como sua aliada, na tentativa de enfraquecer a aliança e derrotar Roma. A primeira guerra terminou  rapidamente, pois Roma também estava muito envolvida com a segunda das guerras púnicas.

    Filipe V
A segunda guerra macedônica aconteceu no ano de 200 a.C, quando Roma exigiu que os macedônicos se retirassem completamente da Grécia. Filipe V aceitou em parte, pois queria continuar mantendo o poder sobre algumas cidades gregas, fato que não foi aceito pelos gregos. Filipe V foi definitivamente derrotado em Cinoscéfalos em 197 a.C.. 

No ano de 179 a.C., Perseu, filho de Filipe V, subiu ao trono, dando início a uma bem-sucedida política de influências e boas relações coma Grécia. Ao contrário de seu pai, que via os gregos como inferiores, ele possuía um contato muito próximo com a Grécia e com isso obtinha vantagens. Isso acabou gerando grande preocupação em Roma, dando início assim, a Terceira Guerra Macedônica, esta também com vitória romana, em Pidna no ano 168 a.C.
A Macedônia acabou dividida em quatro repúblicas todas sob o domínio romano. Entre os anos de 149 a.C. - 148 a.C., Andrisco, que afirmava ser filho de Perseu,  tentou subir ao trono, mas foi derrotado e a Macedônia tornou-se província romana, pondo fim à série de guerras entre Roma e Macedônia.

Guerras Samnitas

As Guerras Samnitas foram conflitos armados ocorridos na Antiguidade, entre 343 a.C. e 290 a.C., nos quais Roma enfrentou o povo itálico dos samnitas, que dominavam os Montes Apeninos ao sul do Lácio, Itália.
Aconteceram três guerras entre os estes dois povos, que culminaram com a completa subordinação dos samnitas ao poderio romano.

Primeira Guerra Samnita (343 a 341 a.C.)

Durante anos, os povos que viviam nos Montes Apeninos haviam lutado para expandir-se até as terras baixas da Campânia e da costa do Mar Tirreno. Porém, tanto os etruscos como os latinos haviam impedido estas invasões.
Os samnitas eram uma destas rudes tribos apeninas que haviam se expandido até a costa da Campânia, onde tiveram contato com a mais avançada civilização grega, e que se supunha sua saída natural para o mar para dominar, assim, os mercados do Mar Tirreno. Por sua vez, os bruttios e os lucanos pressionavam as colônias gregas da Magna Grécia, sendo Tarento (atual Taranto) a principal delas.
Entre 343 e 341 a.C aconteceu a primeira Guerra Samnita. Após derrotarem os auruncos, os romanos pretendiam conquistar também a Campânia, consolidando assim a fronteira oriental que, mediante o Rio Liris, colocaria em contato a República Romana com o Sâmnio. Os samnitas, por sua vez, começaram a pressionar os sidicinos da cidade de Cales, os quais buscaram a ajuda de Capua. Entretanto, Capua foi derrotada pelos samnitas e então foi solicitada a ajuda de Roma. Desta maneira, Roma teve a desculpa que precisava para atacar seus antigos aliados.
Os romanos, comandados por Marco Valério Corvo, obtiveram algumas vitórias em Campânia e no próprio Sâmnio. Entretanto, a guerra não foi bem vista em alguns setores da sociedade romana. Existiram, inclusive, rebeliões em algumas guarnições romanas em Campânia, que foram reprimidas por Valério Corvo.
A guerra terminaria, anos mais tarde, com um compromisso de paz no qual os samnitas reconheceram a adesão de Capua a Roma e dos interesses romanos em Campânia. Os romanos, por sua vez, entregaram os territórios sidicinos ao domínio samnita. Imediatamente, os aliados latinos de Roma se rebelaram contra esta, já que foram obrigados a lutar contra os samnitas sem serem consultados e se sentiram oprimidos pelo controle que Roma exercia sobre eles, razão pela qual acabou dando origem a Segunda Guerra Latina.

Segunda Guerra Samnita (326 a 304 a.C.)

A Segunda Guerra Samnita, foi a mais longa de todas, ocorreu entre os anos 326 e 304 a.C., após a Segunda Guerra Latina, na qual os samnitas apoiaram Roma. Os samnitas interpretaram como casus belli (expressão latina para designar um fato considerado suficientemente grave pelo Estado ofendido, para declarar guerra ao Estado supostamente ofensor) tanto o apoio que Roma deu a Nápoles, ameaçada pelos samnitas, como a fortificação de Fregelas (328 a.C.), situada na margem oposta do Rio Liris, que, até então, havia sido a fronteira entre ambos os povos.
É possível apontar duas fases do enfrentamento. Na primeira fase em  327 a 321 a.C., os romanos trataram de cercar o território samnita. Porém, em 321 a.C., os samnitas cercaram o exército romano nas Forcas Caudinas, permitindo sua retirada em condições degradantes. Em 316 a.C., Roma reiniciou os combates, mas foi novamente derrotada na Batalha de Lautulae, em 315 a.C.. Sua estratégia seguinte foi a construção da Via Apia, que a comunicava com Capua, estabelecendo colônias ao longo de seu trajeto para conter os samnitas dentro de seu território.
Em 310 a.C., os romanos venceram os etruscos, que eram aliados samnitas desde 311 a.C.) na Batalha do Lago Vadimon, às margens do Rio Tibre. Após o avanço sobre a Apulia, os romanos tomaram Boviano, a capital samnita.
No final da segunda guerra, em 304 a.C., Roma dominou a Campânia.

Terceira Guerra Samnita (298 a 290 a.C.)

A Terceira Guerra Samnita ocorreu entre 298 e 290 a.C. Os samnitas organizaram uma aliança contra Roma composta de etruscos, sabinos, lucanos, umbros e celtas do norte da Península Itálica. Roma obteve vitórias fazendo frente a todos eles e reocupou Boviano em 298 a.C. As tropas samnitas fugiram para o norte atrás de etruscos e celtas e, em 295 a.C., a aliança lutou contra os romanos na Batalha de Sentino, na qual foram derrotados.
Após firmar acordo de paz com os etruscos, Roma fundou a colônia Venusia, em Apúlia, para conter os samnitas, que finalmente renderam-se no ano de 290 a.C. Desde então, os samnitas foram obrigados a ceder tropas auxiliares para Roma, sendo gradualmente assimilados pela cultura romana.

Campanhas de Alexandre, o Grande

Cerco de Tiro

Alexandre, o Grande, tentou conquistar Tiro, uma base estratégica costeira na guerra entre os gregos e os persas em 332 a.C.. Como não conseguiu invadir a cidade, cercou-a durante sete meses, entretanto Tiro resistiu. Alexandre usou então os destroços da cidade abandonada do continente para construir uma ponte, e, quando chegou suficientemente próximo das muralhas, usou seus instrumentos de cerco para atingir e abrir brechas nas fortificações. Consta que Alexandre ficou de tão furioso com a resistência dos habitantes de Tiro e com a perda dos seus homens que destruiu meia cidade.
De acordo com Arriano, Tiro teve cerca de 8.000 baixas enquanto que os macedônios perderam 400 guerreiros. Alexandre concedeu o perdão ao rei e família, e os 30.000 residentes e estrangeiros foram feitos escravos.

Batalha de Gaugamela

A Batalha de Gaugamela, também conhecida como Batalha de Gaugamelos, travada em 331 a.C., foi uma batalha decisiva onde Alexandre derrotou Dario III da Pérsia. A batalha também é chamada equivocadamente de Batalha de Arbela.

Batalha de Granico

A Batalha de Granico ocorrida em 334 a.C. foi a primeira grande vitória de Alexandre, o Grande contra o Império Persa. Nesta batalha, travada no noroeste da Ásia Menor perto de Tróia, Alexandre venceu as forças dos sátrapas persas aliados do soberano persa Dario III da Pérsia, incluindo um grande número de mercenários gregos.

Górdia

Durante a jornada militar de Alexandre,o Grande, Górdia, cidade situada próxima ao canal Granico  foi cenário de uma de suas batalhas, dando-lhe o domínio da Ásia segundo conta a história.

Batalha de Hidaspes

A Batalha de Hidaspes foi um confronto no qual os macedônios, liderados por Alexandre, o Grande derrotaram indianos liderados por Poro.
A batalha teve lugar nas margens orientais do rio Idaspe, hoje chamado de Jehlum, afluente do rio Indo, próximo às cidades de Lilla e Bhora, no Paquistão.

Batalha de Isso

Batalha de Isso foi uma batalha ocorrida em 333 a.C., próxima à cidade de Isso, na Ásia Menor, na qual o rei macedônio Alexandre, o Grande da Macedônia venceu Dario III, rei dos persas.

Guerra do Peloponeso

Podemos dizer que a Guerra do Peloponeso foi a Guerra Mundial da Antiga Grécia. Quase todas as cidades-Estado gregas se envolveram ou foram envolvidas no conflito, algumas se aliaram a Atenas, enquanto outras se aliaram a Esparta. Os conflitos realizaram-se não apenas na terra continental da Grécia, mas também na Sicília e Bizantium.
A Guerra do Peloponeso durou 27 anos. Teve seu início no ano 431 a.C e terminou somente em 404 a.C., quando Atenas rendeu-se a Esparta.
Embora utilizassem a mesma língua, cultura e religião, os antigos gregos eram divididos politicamente. Frequentemente, uma cidade grega estava em guerra contra outra e as grandes potências, Atenas e Esparta, disputavam a hegemonia sobre a região.
O grande estopim da Guerra de Peloponeso foi a política. Atenas era a mais rica e poderosa cidade da Grécia, e seu sistema democrático de governo estava sendo amplamente copiado, para o alarme das oligarquias tradicionais como as da Esparta.  Reunindo aliados desde a região grega Dorian, Esparta, então,  formou a liga Peloponesa e foi para a guerra. Em resposta, Atenas se uniu aos gregos das regiões do Egeu e do oeste da Ásia Menor para lutar sob a Liga de Delos.
Foi uma guerra de atrito, pois não havia tecnologia militar, progredia lentamente e com muitas dificuldades. Ambos os lados ganharam batalhas, mas no final, Esparta tirou o poder de Atenas, tomando o controle da Grécia.
Uma das consequências mais drásticas da Guerra do Peloponeso foi o extremo empobrecimento da população grega: os pobres ficaram ainda mais pobres e foram os que mais sofreram.

Guerras Médicas

Recebem o nome de Guerras Médicas (ou Guerras Medas, Guerras Greco-Persas, Guerras Greco-Pérsicas e Guerras Persas) os conflitos entre os antigos gregos e o Império Persa durante o século V a.C. ocorridos na região do Mediterrâneo Oriental.

As Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa.

A luta pela independência  das cidades jônicas, colônias gregas na Anatólia (região da atual Turquia), que os persas em sua expansão territorial passaram a dominar, comprometendo o comércio grego no Oriente foi a principal causa dessas guerras.
A vitória da Grécia garantiu o controle comercial da região, imortalizou seus heróis e estabeleceu ao mundo o modelo ocidental de se fazer a guerra.
A maior parte dos historiadores divide os conflitos em duas fases: a 1 ª Guerra Médica, em 490 a.C, e a 2 ª Guerra Médica, entre 480 e 479 a.C.. Mas, como as rivalidades entre gregos e persas só terminaram em 448 a.C., com a Paz de Cálias, alguns estudiosos falam em uma 3 ª Guerra Médica.
Filme recomendado:
        ·  Os 300 de Esparta; de Rudy Mate e George St. George.

Guerra de Troia

A Guerra de Troia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra durou aproximadamente 10 anos e aconteceu entre 1300 e 1200 a.C.

Causas da guerra

Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Troia (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Troia). Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organize um poderoso exército. Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos.
Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Troia.

Muralhas da cidade escavada de Troia

A queda de Troia, por Johann Georg Trautmann (1713–1769). Da coleção dos granduques of Baden, Karlsruhe.

A Guerra 

O cerco grego à Troia durou aproximadamente 10 anos. Inúmeros soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).

A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua ideia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, as portas que existiam no cavalo de madeira abriram-se e dele saíram centenas de soldados gregos. Estes soldados abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Troia até sua destruição.

O Cavalo de Troia, de Giovanni Domenico Tiepolo
Os acontecimentos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra poética, Odisseia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.

Mito ou fato histórico?

Durante muitos séculos, acreditava-se que a Guerra de Troia fosse apenas mais um dos mitos da mitologia grega. No entanto, o mito se transformou em verdade quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann descobriu a  cidade de Troia, na Turquia – que tinha sido queimada em 1220 a.C. Entretanto, muitos aspectos entre mitologia e história ainda não foram identificados e se confundem. Hoje é aceito que a guerra de Troia realmente aconteceu, porém, o mais provável é que a luta tenha sido ocasionada por rotas de comércio e não por amor.

Conflitos no Iêmen


iemne
O Iêmen tem sido palco de um conflito entre militantes e forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi. Uma aliança internacional liderada pela Arábia Saudita tem realizado ataques aéreos na região e o chefe de Estado tem pedido ajuda militar.
De acordo com dados divulgados pela Unicef,  74 crianças morreram no país durante o conflito e outras 44 ficaram feridas.

Guerra Civil Líbia


líbia
Em 2011 ocorreu uma Guerra Civil na Líbia depois que a população revoltosa exigiu a saída do ditador Muammar Gaddafi, que foi deposto no mesmo ano. No entanto, após o fim da guerra ocorreu no país outro conflito armado entre milícias e as forças de segurança.
Essas milícias são formadas por guerrilheiros pró-Gaddafi, islamitas e milícias que lutaram contra Gaddafi, mas que se recusaram a entregar suas armas depois que a guerra civil acabou em outubro de 2011.

Conflitos causados pelo Boko Haram na Nigéria


nigeria
O ano de 2014 foi marcado pelos ataques do grupo islâmico radical Boko Haram. O objetivo do grupo é estabelecer a Sharia, lei islâmica, na Nigéria. Essa versão do Islã proíbe que os muçulmanos se envolvam ou pratiquem qualquer atividade relacionada com a sociedade ocidental, como votar em eleições, vestir camisas e calças, por exemplo.
O grupo já sequestrou centenas de meninas em escolas, pois também são contra que as garotas tenham acesso à educação. Além disso tem realizado frequentes atentados e assassinatos. Os militantes do Boko Haram lutam para derrubar o governo e criar um Estado islâmico.

Conflitos entre Ucrânica e Russia


russia
Em 2013 parte da população da Ucrânia saiu às ruas como uma tentativa de pressionar o presidente Viktor Yanukovich para que ele fechasse um acordo comercial com a União Europeia e não com a Rússia.
No entanto, Yanukovich é de etnia russa, e, como grande parte da população do leste da Ucrânia, acabou fechando acordo com Moscou, que prometeu um empréstimo bilionário e descontos no preço do gás exportado para o país.
No entanto, a população do lado ocidental do país, que defendia a União Europeia, reagiu com violência. O governo reprimiu fortemente as manifestações, o que apenas aumentou a tensão no país.
Yanukovich tentou estabelecer um acordo de paz, mas fracassou e acabou deixando a presidência. Depois disso, um governo interino pró-União Europeia assumiu o poder, mas o governo russo considerou o evento como um golpe de estado e enviou tropas para controlar a região da Crimeia.

Conflitos no Egito


egito
Os conflitos no Egito foram iniciados em 2013, quando o presidente Mohammed Morsi foi deposto um ano após ser eleito por um golpe de estado encabeçado por militares. Na época, forças de segurança egípcia removeram dois acampamentos montados por apoiadores de Morsi.
Muitas pessoas foram às ruas pedindo a volta do presidente, mas outras pessoas concordavam com o afastamento dele. Dessa maneira, o país ficou dividido e os conflitos entre rebeldes e forças de segurança começou.

Guerra civil da Síria


síria
O conflito armado no país já dura mais de 3 anos e até agora deixou mais de 130 mil mortos, além de milhares de refugiados. Tudo começou com protestos contra o presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta. Rebeldes armados tentam derrubá-lo do poder.
No início do conflito, a rebelião se restringia a cidade de Daraa e tinha um caráter pacífico. A maioria sunita, que se sente prejudicada pelo governo, além da população em geral, reivindicavam mais democracia e liberdades individuais.
Os manifestantes se inspiraram nas revoluções da chamada "Primavera Árabe" iniciadas no Egito e na Tunísia.

Guerra Civil na República Democrática do Congo


congo
O Congo é um país africano palco de intensos conflitos étnicos, além de disputas por recursos naturais. A guerra civil do país teve origem em um genocídio em Ruanda, que aconteceu em 1994. A ONU estima que mais de 800 mil pessoas foram mortas apenas nesse confronto.
Os responsáveis pelas mortes cruzaram a fronteira da Ruanda e se instalaram na República Democrática do Congo. Depois disso, em 1997 o presidente do país Mobutu Sese Seko foi forçado a se exilar, e o líder rebelde Laurent D. Kabila tomou o poder.
A partir disso foi instaurado o conflito no Congo, que ficou conhecido como a "Guerra Mundial da África". No fim das contas, o conflito no país virou também uma guerra pelos  recursos minerais encontrados no Congo: diamantes, cobre, cobalto, ouro e nióbio.

IAI Kfir


IAI Kfir
Atualmente, os Kfirs do IAI permanecem em serviço apenas como uma reserva em Israel
 
 
País de origemIsrael
Serviço inserido1975
Equipe técnica1 homens
Dimensões e peso
comprimento15,65 m
Envergadura8,22 m
Altura4,55 m
Peso (vazio)7,28 t
Peso (máximo decolar)16,5 t
Motores e desempenho
Motores1 x turbojato IA79 General Electric J79-J1E
Tração (seca / com pós-combustão)52,89 / 83,4 kN
Velocidade máxima2 440 km / h
Raio de combate882 km
Armamento
Canhão2 x DEFA 553 canhão de 30 mm
MísseisMísseis ar-ar Shafrif 2 e Python 3, AGM-45 Shrike, AGM-65 Maverick ar-para mísseis terra
BombasBombas guiadas GBU-13, bombas de fragmentação CBU-52/58 e TAL-1/2, bombas de queda livre Mk 82/83/84
De outrosLançadores de foguetes LAU-3A / 20A / 32A
   O embargo da França aos caças Mirage 5J em 1967 forçou Israel a estabelecer uma indústria aeronáutica indígena. Isso levou diretamente a uma cópia não licenciada do Mirage III como o Nesher. Em 2001, exemplos atualizados continuaram em serviço com a Força Aérea Argentina. O Nesher foi desenvolvido pela Israel Aircraft Industries no Kfir (Lion Cub) equipado com canard.A integração do novo motor J79 fornecido pelos EUA exigiu o redesenho total da fuselagem traseira e uma entrada de refrigeração na barbatana dorsal. A nova fuselagem dianteira foi estendida para abrigar aviônicos, incluindo o radar Elta 2001B e um conjunto abrangente de distribuição e navegação de armas. O protótipo foi lançado em 1973 e a produção da Kfir C2 entrou em serviço no papel de caça-bombardeiro com o IDF / AF em 1975.
   A dupla Kfir-TC2 de dois lugares foi desenvolvida como plataforma de treinamento de armas e plataforma EW (guerra eletrônica). Cerca de 185 C2s e TC2s foram construídos, incluindo 12 C2s exportados para o Equador em 1982 e outros 11 para a Colômbia em 1988-89. Ambos os clientes também receberam o Kfir-TC2s. Os Kfirs do Equador entraram em confronto com combatentes peruanos durante disputas de fronteiras em 1995 e, junto com Mirage F1s, fizeram três mortes aéreas confirmadas.Praticamente todos os Kfirs israelenses sobreviventes foram atualizados para os padrões Kfir-C7 e TC7 a partir de 1983. Eles possuem dois hardpoints adicionais, melhorias adicionais na aviônica e possuem, efetivamente, cockpits HOTAS.
   Os kfirs permanecem em serviço apenas como reservas em Israel e possivelmente equipam até cinco esquadrões.O cliente de exportação mais recente é o Sri Lanka, que adquiriu seis C2s e dois TC2s de Israel em 1996. Kfirs do Sri Lanka têm sido usados ​​em ações ofensivas contra o grupo rebelde Tigre Tamil.
   A IAI desenvolveu a atualização Kfir 2000 para aplicação em fuselagens Israelitas Kfir excedentes disponibilizadas para exportação. A principal adição é um novo radome que abriga um radar multi-modo Elta EL-2032 que permite a entrega de PGMs. Alguns Kfirs Equatorianos foram atualizados para a configuração Kfir CE com o radar Elta EL-2034-5.
   Em 2014, foi anunciado que a IAI planeja relançar a produção do Kfir Block 60 para clientes de exportação, como a Argentina. Também foi anunciado que a Força Aérea Argentina planeja adquirir 14 novos Kfirs para substituir os velhos lutadores Dassault Mirage III e Mirage V.

Dassault Mirage 2000B/C


Lutador Mirage F1
Dassault Mirage F1 é um sucessor do caça multi-função Mirage III
 
 
País de origemFrança
Serviço inserido1973
Equipe técnica1 homens
Dimensões e peso
comprimento15,3 m
Envergadura9,32 m
Altura4,5 m
Peso (vazio)7,4 t
Peso (máximo decolar)15,2 t
Motores e desempenho
Motores1 x SNECMA Atar 9K-50 turbojato
Tração (seca / com pós-combustão)49,03 / 70,21 kN
Velocidade máxima2 338 km / h
Teto de serviço20 km
Raio de combate425 km
Armamento
Canhão2 x canhões DEFA 533 30 mm
Mísseis2 x mísseis ar-ar Super 530 e 2 x R550 Magic. Também pode transportar mísseis anti-radar ARMAT, mísseis ar-terra AS.30L, mísseis anti-navio AM.39 Exocet
Bombas250 kg de bombas, incluindo bombas guiadas por laser BGL-400
   O sucessor da Dassault para o Mirage III dispensou o layout delta tradicional e adotou uma configuração mais convencional. O Mirage F1 resultante tem 40% a mais de combustível interno em uma estrutura menor, um comprimento de campo muito menor, três vezes a resistência supersônica, duas vezes o raio tático em níveis baixos e melhor manobrabilidade.
   O protótipo F1 voou pela primeira vez em 1966. O interceptor para todos os climas da F1C chegou às unidades da Armeee de l'Air em 1973, e quando a produção terminou em 1992, cerca de 762 aeronaves de todas as versões haviam sido construídas.
   As variantes F1 seguem um sistema de designação semelhante aplicado a Mirage IIIs anteriores e incluem o F1A simplificado para ataque diurno, os treinadores de controle duplo F1B e F1D, o multi-funções Mirage F1E, plataforma de reconhecimento multi-sensor F1CR e F1C-200 com sonda IFR fixa. A chegada do Mirage 2000 viu a conversão de fuselagens F1C excedentes para o padrão F1CT como caças-bombardeiros táticos.
   A F1 foi amplamente exportada e passou por extensos combates com a maioria de seus operadores; os conflitos incluíram a guerra dos petroleiros do Golfo Pérsico (durante a qual os equatorianos armados do Exocet no Iraqueatacaram os petroleiros em águas internacionais), as forças externas da África do Sul nos países vizinhos e a Tempestade no Deserto.
   A F1 permaneceu em serviço generalizado em 2001. A França opera dois esquadrões cada um dos F1CRs e F1CTs, uma unidade de conversão equipada com treinadores e um pequeno destacamento de interceptadores F1C para a defesa do Djibouti. Outros operadores incluem a Grécia, Iraque, Jordar, Kuwait, Líbia, Marrocos e Espanha. Os idosos F1CJ / EJs da Jordânia estão sendo substituídos por F-16s . O Iraque foi o maior cliente de exportação, adquirindo 108 F1EQs para vários padrões. O operador significativo restante é a Espanha, cuja força de F1 / F1EEs foi aumentada por 12 ex-QEDi / DDAs do Qatar.